Prêmio de química vai para pesquisa de superfícies

São Paulo –  No dia de seu 71.º aniversário, Gerhard Ertl, professor emérito do Instituto Fritz Haber da Sociedade Max Planck, na Alemanha, ganhou um presente inesquecível: o Prêmio Nobel de Química. O anúncio foi feito na última quarta-feira pela Academia Real de Ciências da Suécia.

Segundo os organizadores da mais prestigiosa distinção científica, Ertl foi escolhido por ?seus estudos nos processos químicos de superfícies sólidas?. A química de superfície, área na qual Ertl tem sido um dos principais expoentes, ajudou a entender os mais diversos fenômenos, de como o ferro oxida à destruição da camada de ozônio. A química de superfície também foi fundamental no desenvolvimento de sistemas como células combustíveis ou catalisadores veiculares.

?Reações químicas em superfícies catalíticas têm um papel vital em muitas operações industriais, como na produção de fertilizantes. A química de superfície pode até mesmo explicar a destruição da camada de ozônio, uma vez que passos fundamentais na reação ocorrem nas superfícies de pequenos cristais de gelo na estratosfera. A indústria de semicondutores é outra área que depende do conhecimento da química de superfície?, destacaram os membros da Academia Real de Ciências da Suécia em comunicado.

Foi graças aos processos desenvolvidos na indústria de semicondutores que a química de superfície surgiu na década de 1960. Ertl foi um dos primeiros a enxergar o potencial das novas técnicas.

?Passo a passo ele criou a metodologia para a química de superfície ao demonstrar como diferentes procedimentos experimentais podem ser usados para fornecer um retrato completo de uma reação em determinada superfície?, disse o comunicado.

Ertl receberá pelo Nobel 10 milhões de coroas suecas, cerca de R$ 2,8 milhões. Os prêmios cheques, medalhas de ouro e diplomas serão entregues em 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred Bernhard Nobel (1833-1896), o inventor da dinamite.

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