A era do Petróleo está longe de terminar

As mais otimistas estimativas feitas em 1942 apontavam que os poços de petróleo na região do Rio Kern, na Califórnia, produziriam no máximo mais 54 milhões de barris. Ocorre que nos 44 anos seguintes os mesmos poços geraram 736 milhões de barris. Além disso, calcula-se que ainda existam outros 970 milhões. Antes, em 1919, diversos geólogos, liderados pelo diretor da U.S. Geological Survey, haviam errado feio ao afirmar que todo o petróleo dos Estados Unidos acabaria em apenas nove anos. Em artigo publicado na edição de 21 de maio da revista Science, o economista Leonardo Maugeri, vice-presidente de estratégia corporativa da empresa petrolífera italiana Eni, parte de exemplos como esses para lançar uma polêmica. Ele afirma que, ao contrário do que muitos imaginaram e imaginam , a Era do Petróleo está longe de terminar. De acordo com Maugeri, previsões pessimistas têm sido sucedidas por análises e descobertas que as refutam, em movimento cíclico desde o início do século 20. O autor alerta para a ocorrência de uma nova onda que propaga o fim próximo do petróleo em todo o mundo. “O pior efeito desse pânico recorrente é que ele tem gerado políticas imperialistas e levado ao controle sobre regiões produtoras”, disse. “Embora os recursos de hidrocarbonetos sejam indiscutivelmente finitos, a verdade é que ninguém sabe o quão finito eles são. O petróleo está contido em rochas porosas subterrâneas, o que torna difícil estimar quanto do produto existe e quanto pode ser efetivamente extraído”, escreveu no artigo.

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