Uma aposta de negócio que caiu no gosto dos curitibanos

Curitiba é um celeiro de boas oportunidades. Nossas mulheres perceberam aqui a possibilidade de instalar suas empresas e viram vários destes empreendimentos ganhando clientela e destaque no mercado. Com isso, optaram por inserir suas criações no mundo do franchising, oferecendo sua marca para outros empreendedores. E o resultado tem sido positivo.

Uma delas é Olga Regina Ferreira Ribas (foto), 51 anos. Em 1991, ela se encantou com um restaurante de São Paulo que vendia comida por quilo e decidiu trazer a ideia para a capital paranaense. “Eu queria montar um negócio próprio. Pesquisei roupa, perfumaria, mas me identifiquei mais com o restaurante. Na época, não tinha restaurante por quilo em Curitiba. O que tinha muito era a venda de prato feito”, explica.

Assim, surgiu a rede Risi Bisi. Regina, como é chamada pelos funcionários e amigos, batalhou muito para encontrar a primeira cozinheira e o melhor ponto para instalar o primeiro restaurante. “Eu não sabia distinguir limão de jiló, mas achei uma senhora muito experiente, que trabalhava em outro restaurante, e deu tudo certo. Abrimos várias outras unidades já nos primeiros anos”, conta.

Em 2007, o marido de Regina deu a ideia de disponibilizar franquias da marca. Ele tinha outra empresa, conhecia bastante o mercado e acreditou na marca Risi Bisi. Hoje, a rede conta com oito restaurantes – sete em Curitiba e um em São José dos Pinhais. Como Regina já mantinha todo um sistema padronizado de compras de produtos para as unidades, de cardápio e treinamento de funcionários, pouca coisa mudou no dia a dia da empresa.

Agora, os franqueados também entram para o treinamento para aprender noções importantes de escritório, controle de caixa e funcionamento dos restaurantes. “A gente tenta se profissionalizar mais. É uma satisfação ver que a empresa é idônea, séria. Muitos restaurantes por quilo abriram e fecharam nesses 22 anos. Pode-se contar nos dedos os que abriram naquela época e permanecem até hoje”, comemora. Por ser mulher, ela garante que nunca sofreu preconceito. Ao contrário, sempre foi tratada com admiração e respeito.

Confiança

Maria Dolores Gasparin, 33, é outra mulher corajosa. Ela trabalhou por quatro anos na área de design de uma grande joalheria, sempre com o sonho de ter um negócio próprio. Então, decidiu largar tudo, ir para a Itália estudar joalheria contemporânea, para voltar ao Brasil, depois de quatro meses, e montar sua primeira loja em Curitiba. “Sempre acreditei muito no meu design”, garante.

Com o passar dos anos, ela abriu outras três lojas no Paraná e uma loja temporária em Trancoso, na Bahia. Mas chegou a um ponto em que era necessário mudar a estratégia para crescer. “A marca e os produtos estavam sendo bem aceitos em revendas multimarcas e a procura de representantes por ela também era grande, senti uma dificuldade de abrir novas lojas em bons shoppings de Curitiba. Surgiu, então, a ideia de abrir unidades em outras cidades, por meio do sistema de franquia”, revela.

Para fazer dar certo o novo plano, uma empresa de consultoria em franchising fez um estudo detalhado sobre a rede de design de joias Maria Dolores e indicou os caminhos para a empresária. A primeira franquia foi aberta pouco tempo depois, em Goiânia, e mais duas estão em fase de negociação. A empresária está contente com a decisão tomada. “Nossa franquia está indo muito bem. Além disso, também revendemos nossos produtos na conceituada loja de acessórios Henri Bendel, de Nova York, e para lojas multimarcas de 14 estados”, celebra.