Portas nada básicas são um elemento de estilo

Se for para receber com estilo, que o choque de beleza se dê logo na entrada principal da sua casa e continue portas adentro.

Ou melhor, que as próprias portas fiquem com esse papel de destaque. Claro, nada parecido com aqueles modelos em madeira maciça trabalhada, entalhada e esculpida que eram tão comuns nos anos 80 e 90 e que nos recebiam com uma pompa brega.

As portas de hoje devem chamar atenção mais pelo sistema de fechamento e abertura e pela simplicidade das formas.

E que elas sejam em quantidade mínima. Porque apesar de garantir a privacidade em certas áreas e esconder partes “feias” da casa, elas têm o contraponto negativo de barrarem a circulação, deixando a casa menos aconchegante e ventilada.

O ideal é manter apenas as portas realmente necessárias, como aquela que isola o quarto do resto da casa, as portas dos banheiros e do lavabo, as portas de entrada e a da lavanderia. O restante é quase sempre dispensável. Se você está construindo ou reformando, reavalie o número de portas e converse com o seu arquiteto sobre isso.

Tipos

Existem tantos tipos de portas conforme os gostos e necessidades das pessoas. Mas, por definição, os arquitetos costumam diferenciá-las de acordo com os modos de abrir.

– De Abrir
É o modelo mais comum. Pode ter uma ou duas folhas e quase sempre obstrui
parte da visão interna do ambiente quando é aberta. Ideal para lavanderias e ambientes que não pedem muita visibilidade ou requerem extrema privacidade, como banheiros.

Quando o modelo possui duas folhas, ela é chamada de porta francesa.

Quando possui uma janela na parte superior, é chamada baia. Esse modelo é indicado para áreas com poucas janelas ou baixa luminosidade.

– De Correr
Como o próprio nome sugere, é uma porta que corre sobre um trilho. Ela tanto pode correr dentro da parede como externamente e de modo aparente.

Versátil e moderna, possui o modo de abertura que mais favorece a integração de ambientes e por isso é muito usada em áreas de lazer, na divisão entre a cozinha e a sala e mesmo entre a sala e o jardim ou quintal.

– Vaivém
É uma variação da porta de abrir, só que com uma e dobradiça especial que possibilita a abertura para os dois lados do ambiente.
Ideal para cozinhas e lavanderias já que facilita a entrada e saída do ambiente mesmo com as mãos carregadas. Pode ser instalada com ou sem batente.

– Pivotante
É o modelo de abertura da moda, especialmente em grandes áreas e lofts. Nesse sistema, a folha gira em torno de um eixo, que pode ser central ou deslocado do centro.

Em lofts, o conjunto formado por duas ou mais folhas pivotantes pode trazer certa privacidade ao quarto, por exemplo, graças à facilidade com que se modifica o ambiente, indo da integração total a diferentes graus de divisão e isolamento.

– Sanfonada
Esse tipo de abertura prevê portas especiais, que se dobram ou abrem como uma sanfona. Ela pode correr em trilhos, com ou sem guias.

Ideal para ambientes pequenos onde não é possível instalar uma porta de correr.

– Camarão
Esse modelo possui duas pequenas folhas separadas por uma dobradiça e pode ser aberta de ambos os lados do ambiente.

Também é indicada para áreas em que não haja possibilidade de instalar portas de correr ou em espaços muito reduzidos.

Transparentes, translúcidas ou opacas

Apesar da função primordial de garantir a privacidade, as portas podem se tornar um elemento de integração com a paisagem exterior ou um caminho livre para a luz natural.

Feitas em vidro transparente, eles permitem total visibilidade. “Painéis de vidro sempre integram e ampliam os ambientes. Mas é bom lembrar que à noite, quando a claridade interna das construções é maior do que a externa, elas se tornam vitrines e podem deixar os ambientes sem privacidade”, alerta a arquiteta Miriam Gurgel em seu livro Projetando Espaços – Guia de Arquitetura de Interiores para Áreas Residenciais (Ed Senac).

Já as portas feitas em vidro jateado deixam passar a luz ao mesmo tempo em que dificultam qualquer visão de pessoas e objetos.

 

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