Mochila pode causar problemas para o seu filho

Na volta às aulas, as malas e mochilas costumam ocupar lugar na lista dos objetos de desejo de grande parte das crianças. Elas mesmas preferem escolher os modelos com base nas estampas e cores da moda. Mas alguns cuidados devem ser observados para que a saúde dos pequenos não saia prejudicada.

Dois itens devem ser observados nas mochilas: a ergonomia e a funcionalidade. De acordo com o ortopedista do Hospital São Camilo, Dr. Boudewijn Deckers, é preciso verificar se a mochila se adapta às costas da criança e corresponde a sua altura. As alças devem ser duplas, uma em cada ombro, e com o comprimento adequado para a altura da criança.

Elas devem ser colocadas no centro das costas e com fixação anterior com fecho entre o abdomen e o tórax, garantindo assim a estabilidade da mala e a distribuição do peso durante a caminhada. Também é preciso observar quantos quilos cada criança consegue carregar com conforto. “Normalmente, fala-se em 10% do peso”, afirma o médico.

Os pais devem redobrar a atenção se a criança caminha bastante até a escola ou utiliza ônibus, pois o sobe e desce dos degraus ou rampas pode provocar esforços excessivos e facilitar lesões na coluna. A saúde da coluna dependerá do peso transportado e da constituição física. Muitas vezes, no mesmo ano letivo, um aluno pode ser mais forte que outro, mas os dois têm a necessidade de carregar a mesma quantidade de livros e cadernos, por isso o médico alerta: quem tem menos força deve carregar peso menor.

A melhor maneira de saber se a mochila está muito pesada é observar a postura. Se a criança anda com ombros inclinados e o tórax projetado para a frente é um sinal de que o peso é maior do que deveria. Neste caso, esvazie a mala e redistribua o material. Esta simples atitude pode evitar que os temidos problemas de postura comecem na infância.

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