O começo da fera

Miro foi o grande descobridor do craque Alex, ídolo do Coritiba

Na galeria do Professor Miro, um garoto foi mais longe que os outros. Foi Alexsandro de Souza, nascido em Curitiba no dia 14 de setembro de 1977 e que virou ídolo de vários clubes brasileiros e do Fenerbahçe da Turquia, além de passar pela seleção brasileira. “Eu treinava os meninos no campo do Fortaleza, que era um time amador de Vila Oficinas, que já desapareceu. Era um campo de terra. E quando chovia, os guris voltavam cheios de lama para casa, porque não tinha banheiro no campo. E eu voltava com as bolas e as redes todas molhadas no meu carro, porque eu levava as minhas redes para o campo do Fortaleza”, conta Miro.

Se em dia de chuva, a coisa era medonha, em dia de sol não era moleza. “Nos dias de sol a gurizada se animava, jogava pesado e davam e levavam carrinhos uns nos outros. Como o campo era um terrão eles terminavam as partidas todos esfolados”, conta ele. Valia o esforço para os garotos que sonhavam em jogar futebol e para o Professor Miro que esperava colher entre muitos um craque, daqueles que vão parar na seleção.

É sonho de todo sujeito que trabalha com garotos. Encontrar uma joia. Elas existem, mas é preciso procurar e muitas vezes burilar. Naquela altura do campeonato, na metade dos anos 80, um verdadeiro ídolo do Coritiba, Pachequinho, já tinha passado pela escolinha do Professor Miro. Ele sabia de cor e salteado que treinar garotos para o futebol era como o recado de Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos fariseus, no Novo Testamento: “Muitos serão chamados, mas poucos serão escolhidos”. Um belo dia apareceu o escolhido.

“Alguém me falou de um garoto parrudinho e canhoteiro com idade de nove para dez anos. Era o Alex que morava no Jardim Campo Alto, no Maracanã, em Colombo. Eu falei: traz o menino aqui, vamos ver”, conta Miro. “Isto foi em 1987. Ele veio e treinou. Quando eu vi aquele menino no primeiro treino eu juro que pensei na hora: esse aí vai parar na seleção. No segundo treino, eu pensei comigo: vou levar este menino para a AABB. O menino era o Alex. Ele estava com idade de nove para dez anos”, diz ele. Naquele tempo, a AABB tinha um dos melhores times de futebol de salão do Paraná, junto com o Pinheiros, em todas as categorias.

Do futsal da AABB para o estrelato

“Eu ainda estava na ativa no banco”, diz Miro, que foi funcionário do Banco do Brasil por trinta anos e depois se aposentou. “Como a AABB disputava o Metropolitano, o Paranaense de Futebol de Salão em várias categorias, achei que ia ser bom para o garoto. Depois do segundo treino lá no campo do Fortaleza, eu peguei o Alex, coloquei no meu carro e fui na AABB e o apresentei para o meu amigo Carlos Roberto Socha, que era diretor de esportes da associação”, conta Miro. “Eu disse para o Socha: estou te trazendo o último dos Pachequinhos”, diz o Professor Miro. Naquela época ser chamado de Pachequinho era um tremendo elogio, porque o jogador fazia grande sucesso no Coritiba. Socha viu Alex e ficou na dúvida. Deve achado na hora um pouco de exagero. “Como o último dos Pachequinhos?”, perguntou. Miro respondeu: “Você vai ver”.

Alex fez o primeiro treino com sapatos de sola de borracha. “Ele simplesmente arrebentou. E ele ficou jogando por anos tanto no Coritiba, quanto na AABB, no futebol de salão, até os 17 anos, quando ele se profissionalizou. E o apelido de Alex por muito tempo foi Pachequinho por causa daquilo que eu falei”, conta Miro. Até que um dia, o técnico Paulo César Carpegiani integrou o garoto ao elenco profissional. E promoveu a sua estreia no time profissional em 1995 num jogo contra o Irati. Ele fez a mesma coisa que no dia quando apareceu no campo do Fortaleza: ele arrebentou, com direito a assistência para o segundo gol, marcado por Ademir. Aí ele virou Alex definitivamente e não parou mais de impressionar as torcidas dos clubes por onde passou.

“Eu ainda estava na ativa no banco”, diz Miro, que foi funcionário do Banco do Brasil por trinta anos e depois se aposentou. “Como a AABB disputava o Metropolitano, o Paranaense de Futebol de Salão em várias catego,rias, achei que ia ser bom para o garoto. Depois do segundo treino lá no campo do Fortaleza, eu peguei o Alex, coloquei no meu carro e fui na AABB e o apresentei para o meu amigo Carlos Roberto Socha, que era diretor de esportes da associação”, conta Miro. “Eu disse para o Socha: estou te trazendo o último dos Pachequinhos”, diz o Professor Miro. Naquela época ser chamado de Pachequinho era um tremendo elogio, porque o jogador fazia grande sucesso no Coritiba. Socha viu Alex e ficou na dúvida. Deve achado na hora um pouco de exagero. “Como o último dos Pachequinhos?”, perguntou. Miro respondeu: “Você vai ver”.

Alex fez o primeiro treino com sapatos de sola de borracha. “Ele simplesmente arrebentou. E ele ficou jogando por anos tanto no Coritiba, quanto na AABB, no futebol de salão, até os 17 anos, quando ele se profissionalizou. E o apelido de Alex por muito tempo foi Pachequinho por causa daquilo que eu falei”, conta Miro. Até que um dia, o técnico Paulo César Carpegiani integrou o garoto ao elenco profissional. E promoveu a sua estreia no time profissional em 1995 num jogo contra o Irati. Ele fez a mesma coisa que no dia quando apareceu no campo do Fortaleza: ele arrebentou, com direito a assistência para o segundo gol, marcado por Ademir. Aí ele virou Alex definitivamente e não parou mais de impressionar as torcidas dos clubes por onde passou. (