Boluca foi “boleiro” do União Juventus

O nome da fera é Boleslau Sliviany, mas todo mundo que milita no esporte em Curitiba o conhece por Boluca. Aos 81 anos, é provavelmente o único jogador profissional do Juventus que está por aí para contar um pouco da história daquele time que representou a colônia polonesa no futebol profissional do Paraná. “Eu treinei no Poty, que era um time formador na época e depois fui para o juvenil do Juventus que era um dos melhores da época nesta categoria. Quem me levou para o Juventus foi o Tadique, que era treinador e foi um dos melhores jogadores do clube. Ele jogou até no Botafogo do Rio de Janeiro em 1941 e voltou em 1946. Eu estava com 14 anos. Algum tempo depois, com dezessete ou dezoito, eu fui para o profissional e fiz as duas últimas temporadas do time profissional como meia de ligação. Isto foi em 1949 e 1950”, diz.

O Juventus daquela época contava com a seguinte formação: Max; Elias e Ewaldo; Nico, Lalo e Zequinha; Didico, Nininho, Xixo, Boluca e Rômulo, além de Borracha, Paraguaio, Chico e Mário. “Quando o Juventus decidiu acabar com o futebol eu fui para o Atlético. Fui eu, o Dinho, o Paraguaio, o Juve e o Xixo”, recorda Boluca. Quem levou esta turma do Juventus foi um diretor do Atlético, filho de Moysés Lupion, governador na época. A carreira de Boluca se resume a um pedaço no Juventus e outro no Atlético, onde parou de jogar quando tinha entre 27 e 28 anos. Ele se formou em Direito, foi cuidar da vida, já que futebol naquela época era gostoso, como hoje, mas não dava dinheiro. Sua grande chance foi quando apareceu um convite do Botafogo do Rio de Janeiro. “Eu fiquei com vontade, mas meus pais não deixaram. Disseram que eu tinha que estudar, e foi o que eu fiz”, recorda.

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