Justiça

Médico Raphael Suss é condenado por agressão contra ex-namorada

Raphael Suss Marques, acusado de matar a fisiculturista Renata Muggiati, em setembro de 2015. Foto: Giuliano Gomes/Arquivo.
Raphael Suss Marques, acusado de matar a fisiculturista Renata Muggiati, em setembro de 2015. Foto: Giuliano Gomes/Arquivo.

Raphael Suss Marques foi condenado, na última sexta-feira (5), por lesão corporal e ameaça contra uma ex-namorada. O crime aconteceu em dezembro de 2016 e o rapaz estava preso desde então. Rafael é acusado de matar e arremessar da janela de seu apartamento a modelo fitness Renata Mugiatti, em 2015.

De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), no começo do ano, Raphael agrediu a ex-namorada na casa dela, na noite do dia 23 de dezembro. A confusão aconteceu durante uma discussão sobre quem passaria o Natal com o filho dos dois.

Segundo a vítima, bastante agressivo, o médico entrou na casa da mulher forçando a porta e com um tapa no peito a jogou contra uma porta. Durante a agressão, a vítima sofreu uma lesão no braço. O filho do casal não só presenciou as cenas, mas também estava no colo do pai, que ainda teria ameaçado a vítima dizendo que “iria lhe arrebentar, lhe quebrar ao meio”.

Após as agressões, a mulher decidiu então denunciar Raphael e ele foi preso um dia após o Natal. Detido em casa, o médico levado ao Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), onde continua cumprindo pena.

Segue preso

A condenação de Raphael é de pouco mais de quatro meses de prisão. Por já estar detido há mais de quatro meses, ele seria solto, mas o médico não deve sair da cadeia. “Ele vai continuar preso porque responde a acusação do homicídio de Renata Mugiatti. Já está condenado por este crime e agora será julgado pela morte da Renata”, explicou o advogado Leonardo Buchmann, que defenda a vítima das agressões.

Para o advogado, além de satisfatória, pois Raphael foi processado e condenado, a sentença é importante no combate à violência contra a mulher. “É certamente uma questão de justiça. A denúncia feita pela vítima foi o pivô para que essa condenação viesse de fato a ocorrer. Graças à denúncia é que a Justiça pode apurar os fatos e condenar o agressor”.

O advogado Edson Abdala, que defende Raphael, disse à reportagem da Tribuna do Paraná que soube da condenação pela imprensa. Segundo o advogado, até que a defesa seja intimada, é mantida a tese de inocência do cliente. Edson informou ainda que tão logo receba a intimação deve recorrer da decisão.