Insegurança

Comerciantes do Sítio Cercado não suportam mais bandidagem e vão às ruas protestar

Comerciantes e moradores do Sítio Cercado se reuniram na tarde desta segunda-feira (29) em frente à farmácia em que o funcionário Eduardo de Souza, 27 anos, foi morto durante assalto na quinta-feira da semana passada. A Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) prendeu um suspeito de participar no roubo, Dhjon Diego Marcelino Mendonça, 19, no mesmo bairro, no dia seguinte.

De acordo com o delegado André Feltes, da DFR, três bandidos entraram na farmácia da Rua Cafeara por volta das 23h, enquanto um marginal os aguardava do lado de fora. Quando os bandidos fugiam, Eduardo saiu para ver o que tinha acontecido e foi baleado na cabeça. “Ele estava na parte de trás do estabelecimento, não viu o que aconteceu e não percebeu que os caras estavam armados, foi correr ali na frente e um dos indivíduos disparou contra ele”, explicou o delegado.

Investigações imediatas

djhonNo mesmo dia, tiveram início as investigações da DFR. Os policiais receberam informações de que um dos suspeitos estaria em uma residência próximo ao local do crime e, na sexta-feira (26), ele foi detido. “A equipe se deslocou até lá e encontrou Dhjon em posse de quase um quilo de maconha, já condicionada para a venda”, disse André. O rapaz foi autuado em flagrante por tráfico de drogas.

Na delegacia, Dhjon foi reconhecido por uma testemunha como um dos autores do roubo à farmácia. “A princípio, não teria sido ele quem efetuou o disparo. E uma outra testemunha o reconheceu como autor de um roubo de outra loja da mesma rede de farmácias, um mês antes”, afirmou o delegado. As investigações da DFR prosseguem, a fim de identificar os outros suspeitos e o atirador.

Dhjon usava tornozeleira eletrônica – equipamentos para o controle de presos em regime semiaberto – em virtude de uma condenação por receptação. Ele alegou ser inocente e disse que no momento do crime estava no Capão da Imbuia.

Protesto

Comerciantes do Sítio Cercado protestam por mais segurança.
Comerciantes do Sítio Cercado protestam por mais segurança. Foto: Colaboração / James Luciano

Às 15h desta segunda, cerca de 200 pessoas participaram de uma manifestação que percorreu a Rua Isaac Ferreira da Cruz. Segundo uma das comerciantes que organizou o protesto, Rita de Cassia Antonio, a maior parte das lojas da Rua São José também fechou as portas para demonstrar a indignação pela falta de segurança no bairro.

“Temos um grupo no WhatsApp e todos os dias tem alguma ocorrência por aqui. O pessoal está em pânico, porque as pessoas têm sido trancadas pelos bandidas em banheiros, ou ficam na mira de revólveres ou são ameaçadas com facas. Estamos abandonados”, lamentou.
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