Busão em greve

Frota mínima é cumprida na RMC, mas passageiros reclamam da espera

Comec diz que frota mínima de ônibus está sendo cumprida na Região Metropolitana de Curitiba, mas passageiros reclamam da espera.
Comec diz que frota mínima de ônibus está sendo cumprida na Região Metropolitana de Curitiba, mas passageiros reclamam da espera. Foto: Daniel Castellano

Se em Curitiba a quantidade de ônibus estabelecida pela Justiça para os horários de pico não é cumprida durante a greve, na Região Metropolitana o cenário é outro. Segundo a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), responsável pelo gerenciamento do transporte na RMC, embora os terminais concentrem reclamações de demora dos ônibus, a frota mínima de 50% rodando das 5h às 9h e das 17h às 20 horas, bem como a de 40% nos demais períodos, está sendo respeitada. Ao todo, 19 cidades da RMC também estão registrando paralisação parcial no serviço.

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Mesmo assim, quem depende do transporte público tem precisado de paciência, em função dos atrasos dos ônibus. Esse é o caso, por exemplo, de passageiros que se deslocam de Curitiba para São José dos Pinhais, Araucária e Colombo. De acordo com a Comec, 250 mil pessoas por dia dependem do sistema de transporte metropolitano na região.

Longa espera

Wagner Santos, de 25 anos, aguardava na manhã desta segunda-feira (20) o ônibus que o levaria até o trabalho em Araucária. Passados 20 minutos no terminal do Portão, ele ainda não tinha perspectiva de quando iria embarcar, mesmo tendo se precavido e saído de casa meia hora antes do habitual. “Estou voltando de férias hoje, então não sei como foi aqui na semana passada. Mas hoje é isso que você está vendo: demora”, relatou o rapaz.

No terminal do Boqueirão, um dos principais pontos de ligação entre o transporte de Curitiba e São José dos Pinhais, as filas de passageiros eram longas nesta manhã. A situação era parecida com o que ocorreu na sexta-feira (17), quando os ônibus estavam demorando, em média, 30 minutos para passar.

A Comec afirma que controla as frotas nas ruas e que, por isso, pode constatar o cumprimento da determinação judicial que estabelece frota mínima. O monitoramento é feito junto às empresas, na operação de saída das garagens. Segundo a coordenação, nos municípios mais distantes, como Agudos do Sul, Balsa Nova, Mandirituba e Quitandinha, o serviço está operando com 100% da frota.

Menos passageiros

Ainda conforme a Comec, nesses dias de paralisação, houve queda no número de passageiros transportados e impacto no caixa do sistema. Os dados sobre o reflexo da paralisação, porém, só serão divulgados no final de março.