No martelo

Com dívidas, Paraná Clube corre risco de perder mais um terreno em leilão

Anúncio do leilão da sede social do Boqueirão. Foto: Reprodução

O Paraná Clube está perto de perder mais um imóvel. Por conta de dívidas trabalhistas, a área social da Vila Olímpica do Boqueirão, que está desativada há alguns anos, vai a leilão no dia 30 de março. O lance inicial está cravado em R$ 18,1 milhões e até mesmo um comprador já teria demonstrado interesse em adquirir a área, que fica em frente ao estádio Erton Coelho de Queiroz.

O leilão será feito através da P.B. Castro Leilões e vai acontecer por determinação da 2ª Vara de Trabalho de Curitiba. O exequente da ação é o ex-funcionário do futsal do Tricolor, Vinicius França, que trabalhou por muitos anos no clube. Também neste leilão serão pagas outras dívidas de ações trabalhistas que o Paraná colecionou nos últimos anos.

De acordo com informações divulgadas no edital do leilão, a área do referido terreno tem 200m de frente para o prolongamento da Rua Pastor Antônio Polito, igual metragem na linha de fundos, onde confronta com a Rua Dr. Heleno da Silveira e com propriedade da Cia Territorial Boqueirão e de José Trembulack, tendo 110m da frente aos fundos em ambos os lados, confrontando-se no lado direito com o Loteamento da Vila Suzana e da Cia Territorial Boqueirão. A área total é de 22 mil metros quadrados.

Caso não haja interessados neste primeiro leilão, outros lances poderão ser realizados no dia 6 de abril. A expectativa é de que o leilão seja efetivado já no primeiro encontro e que o Paraná Clube consiga pagar grande parte das suas dívidas trabalhistas. Com isso, o Tricolor poderá ter acesso às certidões negativas de débitos e, assim, ter uma saúde financeira mais estável. Poderá ainda, por exemplo, ter condições de fechar o patrocínio da Caixa Econômica Federal.

Outro

O Paraná Clube, em 2015, esteve muito próximo de perder o estádio Erton Coelho de Queiroz, a Vila Olímpica do Boqueirão. O imóvel, na oportunidade, havia sido arrematado por R$ 11,6 milhões. Um dos processos trabalhistas que seriam pagos com a execução do leilão era do ex-técnico Ricardo Pinto. O leilão, no entanto, foi anulado pela Justiça e o estádio voltou a pertencer ao Paraná Clube.

Em 2013, o Tricolor teve outra sede social, a do Tarumã, indo a leilão. Em abril daquele ano, o grupo Tacla arrematou o terreno por R$ 30 milhões.