Novelas melhoram a vida das pessoas?

Renato Góes e Sophie Charlotte em cena de Os Dias Eram Assim: resultado das pesquisas espantou Silvio de Abreu. Foto: Divulgação/TV Globo

Pelo menos para Silvio de Abreu, sim! O autor de sucessos como Cambalacho (1986), Rainha da Sucata (1990), A Próxima Vítima (1995) e Belíssima (2005), defende que o entretenimento proporcionado pela televisão deixa as vidas das pessoas mais alegre, já que o público pode esquecer, mesmo que momentaneamente, seus problemas pessoais. “Acho que ser autor é uma responsabilidade muito grande, porque você tem na sua mão a possibilidade de fazer a vida de todas as pessoas que assistem à novela melhor, menos pesada, mais interessante”, conta ele na edição de domingo.

Tem gente que fala que as novelas servem para alienar e que não trazem conteúdo e sequer conhecimento. São feiras para divertir apenas. Na Globo, Silvio conseguiu alternar novelas leves, como Guerra dos Sexos (1983) e Sassaricando (1987), com suspenses, como A Próxima Vítima (1995) e Torre de Babel (1998). Mas sempre com enredos para divertir.

A propósito disso, a Globo realizou, recentemente, uma pesquisa de opinião do público sobre a novela Novo Mundo e a supersérie Os Dias Eram Assim e os resultados espantaram Silvio de Abreu. Boa parte do público entrevistado mostrou pouco conhecimento sobre os fatos históricos que são retratados nas duas produções. No caso de Os Dias Eram Assim, a Ditadura Militar, um dos períodos mais marcantes da história do Brasil, vem passando batido por parte dos telespectadores. “Nós fizemos uma pesquisa sobre Os Dias Eram Assim e as pessoas, de todas as classes sociais, A, B, C, D e E, não sabiam exatamente o que foi a ditadura no Brasil”, disse autor, preocupado. As novelas melhoram mesmo a vida das pessoas? Eis a questão.

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