A camisa amarela da Umbro

A jornalista e roteirista Mariliz Pereira Jorge, um dia desses, em sua coluna de sábado, na Folha de São Paulo, escreveu que “camisetas de clubes brasileiros são quase sempre cafonas e de mau gosto”.

Está certa, faz sentido. Lembrei da afirmação da sensível jornalista, ao ver a camisa amarela, que seria uma homenagem à Espanha, que a Umbro imaginou vestida pelo Atlético Paranaense. Nunca tinha visto nada mais vulgar, e bem por isso, com tendência de alcançar o ridículo.

Mas confesso, que não me surpreendi: os ingleses, quando não se trata dos seus clubes, e em especial, quando trata-se de clube brasileiro, alienam uma camisa a desenhos e cores extravagantes sem nenhuma referência histórica. Pode não ser, presumo, que não seja, mas, às vezes, parece que é de propósito. Quero confessar que sofro quando vejo o Furacão entrar em campo para jogar com aquela camisa de um laranja desbotado, imagina, produzida e executada pela Umbro.

Os ingleses afirmam em nota oficial, que o Atlético concordou e mandou executar. Não duvido, acredito. É bem capaz que o senhor do Atlético, Mário Celso Petraglia, que afirma ser um executivo completo, tenha afirmado que aprendeu lições em alguma escola inspirada em Giorgio Armani. Era só o que faltava.

Mas é aí que surge o grande motivo da responsabilidade única da Umbro: sendo apenas um clube de futebol, o Furacão não está obrigado a ser sensível para concluir que um determinado modelo de camisa está correto e é agradável ao seu torcedor.

Parada final

O escritor Fernando Mello, escreveu há muito tempo a peça de teatro “Greta Garbo, quem diria, foi acabar no Irajá”. Mário Celso Petraglia e eu, quem diria, fomos acabar em uma sala de audiência no Juizado Especial de Santa Felicidade. Mas, que fique claro, nem ele e nem eu, temos vocação para ser o enfermeiro “Pedro” (Raul Cortez) da peça de Mello.

Esgotamento

Nem bem foram eleitos, já há integrantes do G5 do Coritiba com indisposição de continuarem. No mínimo dois, não escondem aborrecimento com o rumo que as coisas estão tomando. Não será surpresa se renunciarem. E logo.