Viciado em drogas é fuzilado dentro do bar

Apesar de prever o destino de seu filho há tempos, “Áurea” lamentava a morte de Nilson Mainarde, 28 anos, o “Boi”, usuário de drogas executado em um bar da Rua Janunário Rodrigues da Rocha, planta Santa Catarina, em Piraquara. O crime ocorreu às 23h30 de domingo. Sirlei Lopes da Silva, 37, que estava no estabelecimento, também foi baleada e levada ao hospital. Policiais militares do 17.º BPM detiveram um suspeito, que continuava no bar, depois do crime.

Nilson era o primeiro filho de “Áurea” e desde os 12 anos “caiu” no mundo das drogas, segundo relato da mulher.”Tentei de tudo para salvá-lo, mas ele não aceitava minha ajuda”, lamentava a mãe. “Quero que a morte dele seja um alerta a todas as famílias que vivem esse drama causado pelas drogas”, proclamava. Nilson era solteiro, não tinha emprego fixo, e morava com a família no Conjunto Áquila, naquele município.

Suspeitas

Ninguém soube dizer ao certo o que aconteceu aos soldados Deomar e Da Silva, do 17.º Batalhão de Polícia Militar, que atenderam à ocorrência. No momento em que foi baleado, Nilson segurava um copo de cerveja, que ficou estilhaçado no chão. Próximo ao corpo foram recolhidos quatro cartuchos de pistola, calibre 765. O assassino teria chegado a pé e atirado. Sirlei, que estava sentada na mureta do bar, foi atingida na canela.

O envolvimento com drogas da vítima pode ter sido o motivo de sua execução, mas algumas pessoas disseram que Nilson já teria matado outras pessoas, o que levanta a hipótese de vingança. Segundo a mãe, ele esteve preso por uso de entorpecentes.

Telefonema

Durante o trabalho da polícia, uma ligação anônima para o 190, contava que o assassino ainda estava no bar e o denunciante descreveu o suspeito. Na mesma hora, os PMs detiveram Adésio, que depois de resistir muito foi colocado no camburão. Ele foi levado à delegacia local. O investigador Soccol, da delegacia, recolheu as primeiras pistas para desvendar o caso.

Conforme dados da delegacia, Adésio consta como principal suspeito, apesar de negar seu envolvimento. “Ele apresenta escoriações pelo corpo. Faremos exame de luva de parafina”, explicou o superintendente Mesquita. Pelas informações obtidas, vítima e suspeito tiveram um desentendimento pouco antes do crime acontecer.

“Boi” contava com antecedentes criminais por furto, assalto e homicídio, de acordo com a polícia.

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