Triste recorde: 25 assaltos em quatro meses

O ano de 2003 está sendo marcado pela insegurança para o proprietário e funcionários de um posto de combustível localizado às margens da BR-277, no bairro Uberaba. Somente nesses quatro primeiros meses, o estabelecimento já foi assaltado 25 vezes. Além do prejuízo financeiro o maior problema é o medo pelo qual os funcionários passam. A violência na região é tamanha que, somente no domingo de Páscoa o posto foi roubado três vezes. “Depois disso resolvi colocar uma faixa na entrada pedindo ao Governo mais segurança”, disse o gerente do estabelecimento, Benedito José Alves da Silva.

A faixa dizendo “Socorro – 24 assaltos somente em 2003” foi colocada na segunda-feira mas ficou defasada um dia depois. Na terça, um novo assalto aconteceu. De acordo com o gerente, nesse último caso, um Corsa estacionou na frente da loja de conveniência do posto e um casal desceu. Um terceiro indivíduo ficou no carro. Os dois entraram na loja, se dirigiram à funcionária que estava no caixa e deram voz de assalto. Mostraram a arma e retiraram o dinheiro. Desta vez foram R$ 300,00.

Em seguida, saíram normalmente como se fossem clientes habituais. De acordo com o gerente, o modo de agir dos assaltantes é bem semelhante, mas ele ressalta que, na maioria dos casos, os marginais são diferentes. Na semana antecedente à Páscoa, quatro assaltos foram cometidos contra o estabelecimento. Prejuízo de mais de R$ 1.500,00.

Insegurança

Bastante desanimado com a situação que vem enfrentando, Benedito disse que não sabe que medidas tomar para diminuir essa onda de violência contra seu estabelecimento. “A polícia é nula por aqui. Todos os estabelecimentos ao redor já foram assaltados também”, exemplifica. Para ele há necessidade de um policiamento mais efetivo na região para pelo menos coibir a ação dos marginais. “Pelo jeito não há viaturas disponíveis para fazer esse tipo de trabalho”, reclama.

Uma das soluções que o gerente pretende adotar contra a insegurança refletirá diretamente em seus funcionários. “Pensei em diminuir o horário de funcionamento, mas isso acarretará também em demissão de empregados”, afirma. O posto trabalha das 6h às 24h. “É uma pena que tenhamos que limitar nosso horário de trabalho e prejudicar funcionários devido a ação de assaltantes”, diz.

Nada parece intimidar os criminosos. Benedito disse que já instalou sistemas de segurança como alarme e circuíto interno de filmagem, mas nem isso afastou os “intrusos”. “Cheguei a contratar um vigilante, mas num dos assaltos ele virou refém e acabou preso nas dependências do posto”, conta. “Parece que nada adianta contra eles.”

As queixas de assalto contra o estabelecimento foram registradas na Delegacia de Furtos e Roubos (DFR).

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