A preocupação com o aumento dos seqüestros-relâmpago em Curitiba, fez com que a polícia tornasse mais constante as vistorias e diligências nos bairros considerados de maior risco. Em uma dessas diligências, na Vila Trindade, investigadores da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) detiveram três homens em atitude suspeita, na tarde da última terça-feira.
De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, uma viatura da DFR abordou um Ômega, cor azul, com três indivíduos dentro. Na vistoria foram encontrados um revólver calibre 38, municiado, capuzes, e rolos de fita adesiva. "Esse material possivelmente seria utilizado para a prática de seqüestros-relâmpago", explicou o policial.
O trio foi encaminhado à delegacia, onde Moisés Bonfim Ramos, 18 anos, assumiu o porte ilegal da arma. Por esse crime, foi autuado em flagrante e permanece detido na carceragem da DFR. Os outros dois (Everton Zastanni e Ezaquias dos Santos) foram indiciados em inquérito e, depois de interrogados, liberados. Nenhum deles tinha antecedentes criminais.
Violência
Recalcatti ressaltou o empenho da DFR no combate aos crimes contra o patrimônio, principalmente os seqüestros. Esse crime, além da perda material, causa transtornos psicológicos à vítima que passa horas sob o domínio do medo, em mãos de marginais. O perigo pode ser ainda maior, como prova o fato ocorrido no dia 30 de agosto. Naquela ocasião, a bancária Vanessa Barreto Mezzomo, 43 anos, morreu ao colidir o veículo que conduzia contra uma árvore, na Avenida Victor Ferreira do Amaral, Tarumã. No momento do acidente, a bancária estava sob a mira da arma de um assaltante, sentado no banco do passageiro, que tinha a intenção do roubo do carro ou do seqüestro-relâmpago. O marginal foi preso e encaminhado à Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV).