Ignorando a presença de uma mulher e duas crianças, três homens armados com revólveres invadiram a casa de Jefferson Luiz Cupka, 23 anos, e o executaram com vários tiros na cabeça, matando também dois amigos dele: Ronaldo Barbosa Quadros, 23, e o indivíduo conhecido pelo apelido de ?Neguinho?, que não portava documentos. O triplo assassinato ocorreu às 20h de ontem, na Rua Morretes, bairro São José, em Colombo. Há informações de que eles tinham ligações com um traficante de drogas que foi morto recentemente.
De acordo com comentários de vizinhos, os três rapazes eram amigos de ?João Sadam?, traficante que agia na região e foi morto a tiros, há algumas semanas. Inclusive a casa em que Jefferson estava morando com a mulher e as crianças fica nos fundos da casa de ?João Sadam?. Os assassinos tiveram que percorrer um longo trecho de corredor, até alcançar a moradia de Jefferson e surpreendê-lo com os amigos.
Suspeita-se que os atiradores sejam os mesmos que executaram ?João Sadam?. Eles estariam temerosos de que Jefferson e os dois outros quisessem vingar a morte do amigo, e então se adiantaram, assassinando-os antes. Provavelmente planejaram a ação e aguardaram o momento em que os três estivessem juntos para agir.
Revólveres
Policiais militares Marcelo e Sidney, do 17.º Batalhão, fizeram o isolamento do local e observaram que as armas usadas pelos criminosos eram revólveres, provavelmente calibre 38, porque não foram encontrados estojos no chão. A perícia deverá confirmar esta informação.
Quando os assassinos chegaram, Ronaldo estava na cozinha, brincando com uma bolinha de tênis. Foi o primeiro a ser morto. ?Neguinho?, vendo a cena, tentou escapar, correndo para o banheiro, mas tombou sem vida antes de alcançar a porta. Jefferson estava no quarto, e foi fuzilado na cama. A cena toda não durou mais do que dois minutos. Os matadores fugiram a pé.
Em seguida curiosos começaram a se aproximar da casa e prestaram socorro à mulher e às duas crianças, que estavam desesperadas. Elas foram retiradas dali e não mais retornaram. A polícia deverá ouvir a mulher de Jefferson, nos próximos dias, para tentar apurar a autoria da chacina.