A trégua de 37 dias sem homicídio na Cidade Industrial de Curitiba foi quebrada neste fim de semana. Entre a noite de sábado (06) e manhã de domingo (07), dois assassinatos aconteceram na Vila Verde, onde uma Unidade Paraná Seguro (UPS) está instalada desde agosto do ano passado. A primeira vítima foi o ex-presidiário Wellington Fortes Coimbra, 25 anos, morto em frente ao Bar da Maria, na Rua Rene Alberto Emilio Conter, por volta das 19h40. A polícia acredita que o motivo do crime foi acerto de contas.
Wellington estava sentado em frente ao bar junto com um colega chamado Alisson. Dois rapazes passaram pelo local, pedalando bicicletas, e um deles sacou uma pistola 380 e atirou seis vezes contra o rapaz, que morreu no local. Ele esteve preso no ano passado, por envolvimento em um roubo de carro, em Morretes, mas respondia em liberdade.
Na manhã de ontem, o corpo de Romildo Aparecido de Paula, 26, foi encontrado em um terreno baldio da Rua Anjolilo Buzetti. De acordo com a PM, ele era usuário de drogas e tinha dívida com traficantes. Segundo os levantamentos preliminares da perícia, ele foi agredido até a morte.
CIC
Até então, o último homicídio registrado no bairro mais populoso da capital – com 175 mil habitantes – e considerado o mais violento havia sido registrado em 31 de maio, quando Roberto Carlos Pereira, 38, morreu no Hospital do Trabalhador. Ele foi esfaqueado dois dias ants na Rua Albertina Gonçalves Cordeiro, Vila Resistência. No mês seguinte, nenhum crime foi registrado enquanto que a média era de nove homicídios por mês, de acordo com o comandante do 23o Batalhão da Polícia Militar, coronel Sérgio Cordeiro de Souza.
O comandante-geral da PM, coronel Roberson Bondaruk, avalia que o fator decisivo para a queda do número de homicídios nas região foi a implantação das UPS em vilas do bairro onde a criminalidade era crônica. Além da Vila Verde, outras quatro UPS foram instaladas no bairro: nas vilas Caiuá, Sabará, Nossa Senhora da Luz e Sandra.
Além da redução nos homicídios, o coronel apontou uma diminuição no índice de furto e roubo na região.
Para o coronel Souza, o número de viaturas circulando no local, aliado ao empenho dos policiais que costumam fazer patrulhamento em pontos de tráfico de drogas, foram fatores determinantes para a redução.