Dez pessoas foram presas na Operação Safira, da Polícia Federal, para desarticular uma quadrilha que enviava cocaína para a Europa por tripulantes de navios. Entre os presos estão funcionários de uma agência marítima e empresas que prestam serviço aos navios, com o fornecimento de comida e coleta de resíduos. De acordo com a PF, a quadrilha agia no Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
Foram 13 mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal de Paranaguá. Dois integrantes do grupo, responsáveis por aliciar tripulantes foram presos ontem em Paranaguá. No mesmo dia, uma chilena, que cuidava do transporte da droga até o porto, foi presa em São Paulo. Um argentino, um boliviano, um colombiano e quatro brasileiros, entre eles o gerente de uma agência marítima, haviam sido presos em abril e maio. Um espanhol, um colombiano e um argentino estão foragidos. Os nomes dos presos e das empresas envolvidas não foram divulgados pela PF.
Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Paranaguá, Matinhos e São Paulo; além do sequestro de bens móveis e imóveis e o bloqueio de valores depositados nas contas bancárias dos investigados.
Milionário
De acordo com o delegado Sérgio Luis Stinglin de Oliveira, a quadrilha pagava entre 1,5 mil a 2 mil dólares por quilo de cocaína transportado. Desde janeiro, quando as investigações começaram, foram apreendidos 114 quilos de cocaína, cujo valor estimado no mercado Europeu, segundo a PF, é de aproximadamente, R$ 8,5 milhões. Também foram apreendidos R$ 60 mil e 2 mil euros falsos, além de veículos.
O delegado explicou que parte dos presos fazia parte da quadrilha desmantelada pela Operação Deadline, desencadeada em paralelo. “A diferença é que a outra quadrilha enviava a droga por contêiner”, explicou.