Testemunha contra cafetina não poderá depor

Hoje, às 14h, a ex-garota de programa Maria Luíza Carvalho, 24 anos, estará presente na 7.ª Vara Criminal, onde irá solicitar uma declaração comprovando que ela se apresentou em juízo. Maria Luíza foi arrolada pela promotoria do Ministério Público como principal testemunha de acusação contra a cafetina Mirlei de Oliveira, 47, porém ela não será ouvida. A audiência foi adiada em virtude da transferência do inquérito da Justiça comum à Justiça Federal. Com medo que Mirlei seja solta e irritada por ter vindo dos Estados Unidos exclusivamente para depor, Maria Luíza concedeu entrevistas a órgãos da imprensa, onde fez outras sérias denúncias.

A ex-garota de programa chegou na quarta-feira ao Brasil, e foi surpreendida pela notícia de que a audiência havia sido cancelada. Nervosa, Maria Luíza foi ontem à Assembléia Legislativa, onde afirmou que pretendia se encontrar com um “íntimo conhecido”, referindo-se a um deputado, porém, como não houve sessão, ela o denunciou à imprensa. A ex-garota de programa acredita que Mirlei está se beneficiando com a ajuda de um deputado estadual do PMDB, que seria amigo pessoal da cafetina. “Mirlei era a responsável por levar garotas e garotos de programa para animar as festas promovidas por ele”, diz.

Ela também denunciou a influência de Mirlei no Detran, uma vez que ela e seus funcionários nunca perdiam pontos na carteira de habilitação ou pagavam multas pelas infrações cometidas. Por fim, Maria Luíza falou que está sofrendo ameaças e por isso sua filha, de seis anos, está escondida. Maria Luíza ficará no Brasil até amanhã e antes de ir embora pretende se encontrar com promotores do Ministério Público para mostrar todos os documentos e provas que diz possuir contra a cafetina.

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