O usuário de drogas Benedito Antônio Filho, 28 anos, foi assassinado com três tiros à queima-roupa, por volta de 7h de ontem, na casa onde morava, na Rua Lázaro Moreira, na Vila Maria Antonieta, em Pinhais. O rapaz foi morto ao lado da mãe, que se locomove com uma cadeira de rodas.
Maria Teodoro, contou que dormia, quando três homens armados arrebentaram a porta da pequena casa de madeira. Um ficou do lado de fora, o outro no portão e o terceiro foi direto em Benedito e atirou três vezes, com a arma encostada na cabeça do rapaz.
“Foi tudo muito rápido. Quando eu gritei por socorro, pedindo pra eles pararem, ele me disse que, se eu desse mais um pio, morreria também”, contou a mulher, com lágrimas nos olhos. Ela admitiu que o filho era dependente químico, mas era uma pessoa boa. “Ele me ajudava em tudo. Fazia comida, lavava minha roupa e era meu companheiro.”
Terceiro
Fábio, genro de Maria, contou que esse foi o terceiro homicídio registrado na mesma casa. “Parece uma maldição. O outro filho dela e um cunhado já haviam sido assassinados, sempre por causa da droga”, relatou o rapaz.
“Aqui só as mulheres não são viciadas.” Maria, natural de Sergipe, disse que mora na mesma casa há mais de 10 anos e, em nenhum momento, foi feliz. “Maldita hora que vim pro Paraná. Aqui, minha família foi morrendo aos poucos.”
Ela disse que o filho tentava largar o vício de crack. “Ele foi várias vezes ao posto de saúde para conseguir uma vaga e se internar em algum lugar. Na quarta-feira, a moça disse que, na sexta-feira, às 10h, uma ambulância passaria em casa para levá-lo, mas infelizmente os bandidos passaram antes e o mataram”, contou a mulher com a voz embargada.