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Taxista se finge de morto para escapar de bandidos

Um taxista sofreu por quase três horas nas mãos de um casal de irmãos, durante a madrugada de ontem, em São José dos Pinhais. Ele foi assaltado, rendido, ameaçado com um revólver na cabeça, esfaqueado no pescoço e ainda teve o veículo queimado.

Os suspeitos da tortura Ednilson Theolen, 25 anos, e Eliane Maria Theolen, 35, foram presos logo depois, na casa onde moram, na Rua Frederico Pasqualin, Jardim Itália. O taxista foi socorrido, encaminhado ao hospital do município e passa bem.

O tormento começou nos primeiros minutos da madrugada, quando Ednilson pediu um táxi em sua casa, por telefone. Após alguns minutos de corrida, o cliente recebeu uma ligação e pediu para que o taxista retornasse até sua residência.

“Quando voltaram, o rapaz deu voz de assalto, rendeu o taxista e o levou para dentro da casa”, relatou Roberto de Miranda, chefe de investigação da delegacia da cidade.

Roubo

Em um quarto da casa, a dupla encobriu o rosto da vítima com uma camiseta e, por cerca de uma hora, enquanto decidiam o que iam fazer, mantiveram um revólver, calibre 32, apontado para sua cabeça. “Eliane segurava a arma”, informou Miranda.

Os irmãos roubaram cerca de R$ 130 em dinheiro, o aparelho celular e a jaqueta de couro da vítima, além do rádio do carro. Por volta de 1h30, Ednilson voltou ao carro com o taxista e os dois foram até o Jardim Eldorado, perto da casa. Lá, o rapaz deu uma facada no pescoço da vítima, que fingiu-se de morta.

A encenação funcionou e Ednilson, certo de que tinha matado o taxista, ateou fogo no carro para se livrar do corpo, e correu. A vítima conseguiu sair do veículo, chamou a polícia.

Cadastro

Ednilson esqueceu que seu telefone estava cadastrado na empresa de teletáxi. Dessa forma, não foi difícil para a polícia descobrir o endereço dos irmãos. “Os policiais encontraram os objetos roubados e o revólver. Somente a faca não foi localizada”, afirmou Miranda.

O casal foi detido e conduzido à delegacia. Ednilson confessou o crime e disse que não pensou no que estava fazendo. Ele alega que fez tudo sozinho e isentou a irmã, que negou ter envolvimento no caso. Ambos foram autuados em flagrante por roubo e cárcere privado.

Fábio Alexandre
Ednilson assumiu o crime, mas sua irmã Eliane também foi autuada.