Soltos acusados de cobrar propina em Foz do Iguaçu

A Justiça determinou, na última terça-feira, a liberação das 15 pessoas que haviam sido presas há duas semanas, em Foz do Iguaçu, acusadas de cobrar propina de contrabandistas para que pudessem atuar livremente na região. Entre elas estão policiais civis, militares e guardas municipais. O juiz da 3.ª Vara Criminal de Foz, Gustavo Arguello, entendeu que houve excesso de prazo para que o Ministério Público apresentasse a denúncia.

Os acusados foram presos no último dia 9 de maio durante a Operação Pedágio e liberados na última terça-feira, um dia antes da denúncia ser entregue pelo MP. O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), Rudi Rigo Burkle, discordou da argumentação do juiz para liberar os presos. Disse que por se tratar de um inquérito complexo havia 10 dias para concluir o inquérito após a prisão e mais cinco para oferecer a denúncia.

Ele explica que quando pessoas investigadas são soltas, podem prejudicar as investigações, combinando versões e interferindo no recolhimento de documentos. Entre os quinze acusados, dez são policiais. O Gaeco também está investigando outros 25 policiais, sendo que um deles é suspeito de ter praticado 48 crimes.

As investigações começaram há pouco mais de um ano. Dentre os delitos averiguados estão formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e tráfico de drogas. Durante a prisão dos acusados, foram apreendidos US$ 28 mil, R$ 2,5 mil e 650 mil guaranis (moeda paraguaia). Foram confiscadas ainda uma pistola nove milímetros e 41 cartuchos de nove milímetros e de fuzil 762 e 765. 

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