Acusados de participar de um seqüestro-relâmpago ocorrido às 18h30 do último dia 6, em Curitiba, Marcelo Silva Santos, 19 anos, e Thiago Oliveira Freitas, 23, foram apresentados na manhã de ontem, na delegacia do Alto Maracanã, em Colombo. Os dois confessaram a participação no crime. Outros dois comparsas conseguiram escapar.
De acordo com o superintendente da delegacia local, Valdir Bicudo, na Avenida República Argentina, proximidades da Praça do Japão, em Curitiba, quatro indivíduos – armados com um revólver – renderam o condutor de um Astra e tomaram o veículo. O proprietário foi levado pelos marginais, dentro do porta-malas, e abandonado na zona rural de Quatro Barras, Região Metropolitana de Curitiba. A vítima andou até uma fazenda para pedir auxílio e ligou para a polícia, contando o ocorrido. Equipes das polícias Civil (Alto Maracanã) e Militar (17.º Batalhão) iniciaram diligências atrás dos seqüestradores.
Acidente
No retorno para a capital, o grupo perdeu o controle do Astra quando transitava pela BR-116, nas proximidades do Clube Santa Mônica. O carro estava em alta velocidade e teria sido fechado por um caminhão. O Astra saiu da pista e capotou. Marcelo e Thiago ficaram presos no interior do veículo, enquanto seus comparsas conseguiram escapar. O acidente foi atendido por policiais militares que identificaram o roubo e deram voz de prisão à dupla. Antes, porém, Marcelo e Thiago foram encaminhados ao Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, para receber atendimento médico.
Nome falso
Liberados, os detidos foram levados à delegacia do Alto Maracanã. Inicialmente, Marcelo deu o nome de seu irmão, que é menor, para tentar se livrar da prisão. No entanto, a farsa foi descoberta. Os dois foram autuados nos crimes de roubo e cárcere privado.
Sobre o roubo, Marcelo disse que era apenas para "dar umas voltas" e que depois o Astra seria abandonado. Ele negou que tenha envolvimento com o roubo de outros carros para desmanche. "Estávamos armados e vimos o Astra. Resolvemos pegá-lo para voltar de carro para casa", explicou. Os dois detidos moram em Colombo.
O superintendente ressaltou que os presos foram identificados pela vítima e que vai investigar a possível participação do grupo em outros seqüestros-relâmpago em Curitiba e RMC. Thiago e Marcelo afirmaram que esse foi o primeiro assalto e que não têm passagens anteriores pela polícia.