Secretário de Segurança nega retaliação a policiais civis

O secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar, negou que haja crise dentro da Polícia Civil depois da operação realizada na sexta-feira, quando investigadores fecharam uma mansão, no Parolin, que funcionava como cassino e casa de prostituição. O alto escalão da Polícia Civil criticou duramente o trabalho, que não estava respaldado por delegados ou por instâncias superiores.

Mesmo assim, Almeida César afirmou que os policiais envolvidos na operação não têm motivo para temer represálias. “Não há o porquê de medo de represálias, se qualquer um do povo pode prender alguém em flagrante delito. O que chama a atenção é que uma operação de risco para os próprios policiais tenha sido feita sem nenhuma articulação, sem nenhum planejamento prévio. Nunca vi policiais precisarem estar encapuzados em uma operação policial. Isto é muito grave. É mais próprio de uma organização paramilitar ou de milícia”, declarou o secretário.

Transferências

Apesar da declaração do secretário, as represálias já ocorreram sexta-feira, quando três investigadores que participaram da operação receberam portarias para serem transferidos das suas unidades. Ontem à noite, sindicatos representantes dos policiais fariam uma reunião com a cúpula da Polícia Civil, para tentar revogar as portarias. Almeida Cesar afirmou não saber de transferência de policiais civis que participaram da operação na mansão e da apreensão de produtos piratas, realizada na quarta-feira, no Centro.