São José dos Pinhais exige mais segurança

Cansados de esperar por uma ação da justiça para melhorar a segurança da cidade, moradores, comerciantes e professores de São José dos Pinhais realizaram na tarde de ontem uma passeata para pedir às autoridades um basta à criminalidade.

Com faixas e cartazes, os manifestantes cruzaram as principais ruas da cidade em direção à Prefeitura, cobrando uma iniciativa do prefeito junto ao governo estadual e à Secretaria de Segurança, para diminuir as incidências de assalto, assassinatos, estupros e depredações em residências, estabelecimentos comerciais e escolas municipais.

O movimento “Segurança Já – contra a violência”, organizado pela associação de moradores, foi criado há 11 dias, logo após o registro do assassinato de um segurança de uma lotérica. Segundo os comerciantes, o homem de 50 anos foi rendido e baleado na cabeça.

“Não tem como se sentir segura na cidade. Você não sabe se pode sair à noite, porque pode ser assaltada e até mesmo morta. Que segurança que existe aqui? Não tem nenhuma. Conhecia o segurança que foi morto e se continuar assim não teremos mais o que fazer, a não ser ficarmos trancados em casa”, diz a comerciante Jose Maia.

Luci Rohden perdeu o filho de 32 anos, no mês de julho, e ainda não obteve uma resposta sobre o caso. “Meu filho foi assaltado e assassinado e nada ainda foi feito para punir os responsáveis. Eu e meu marido continuamos insistido para que o caso seja resolvido, mas ninguém nos dá a certeza de que isso realmente será feito”, explica

Uma das medidas reivindicadas pela população é o atendimento exclusivo do 17.º Batalhão de Polícia Militar, além do aumento do número de policiais e equipamentos. Atualmente, a corporação atende todos os municípios da região metropolitana e litoral.

O Major Salata, responsável pelo 17.º Batalhão, concorda que houve um aumento da criminalidade, mas aponta que os serviços da polícia não se restringem à cidade de São José. “Temos um efetivo grande, mas que não pode se deter em apenas uma localidade. Não podemos deixar um policial cuidando de cada habitante, 24h por dia. É humanamente impossível. Dependemos de um número maior de viaturas e de policiais para que o trabalho seja feito com mais eficiência”, explica o major.

Luiz Carlos Setim, prefeito de São José dos Pinhais, aprovou a iniciativa da comunidade e, ouviu as reclamações do movimento. “A cidade têm sofrido com o aumento da violência, e nós estamos fazendo o que está ao nosso alcance. Temos trabalho junto com a polícia civil e militar, mas ainda não conversamos com o governo estadual, o que será necessário para que alguma medida seja tomada”, afirmou o oficial.

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