Sangue na Rodovia do Xisto

A falta de passarelas próximas ao quilômetro 147 da BR-476 (Rodovia do Xisto), na região do Jardim da Ordem, Tatuquara, causou mais um atropelamento fatal na noite de ontem. O morador da região, Gerson de Jesus Scholz, 34 anos, morreu por volta das 19h, quando tentava atravessar a rodovia pelo canteiro central que divide as duas pistas. Há menos de um mês um outro morador perdeu a vida da mesma maneira, o que revela o perigo naquela estrada.

Gerson estava no meio das duas pistas, tentando atravessar para o lado direito, que segue de Araucária para Curitiba, quando foi atropelado pelo caminhão Volvo, placa LZG-5751. Ele morreu no local, antes mesmo de ser socorrido pelo Siate. O condutor do veículo, Amarildo Resende Casagrande, 35, ficou recolhido na viatura da Polícia Rodoviária Estadual para evitar que sofresse alguma retaliação por parte dos moradores. Este não foi o primeiro caso de atropelamento com morte no local e o povo está revoltado com a falta de providências do governo em solucionar o problema.

Perigo no asfalto

A morte de Gerson chamou a atenção de várias pessoas, que rapidamente vieram ao local. Entre eles estava Douglas Roberto Biscaia, 19 anos, que promete pôr fim às mortes ocorridas no trecho da rodovia. A revolta de Douglas é que há três semanas, o pai dele, Lourival Biscaia, morreu da mesma forma. O homem preparava-as para seu terceiro dia de trabalho quando foi atropelado.

O jovem garante que irá providenciar um abaixo assinado, exigindo a construção de passarelas no local. De acordo com o policial Adilson, além da rodovia ter um tráfego intenso de veículos pesados, o agravante é que há uma vegetação bastante alta nas laterais e no canteiro central, o que impede que os motoristas avistem os pedestres. Além disso a sinalização também é bastante precária. Todos os dias dezenas de pessoas costumam fazer o que causou as mortes de Gerson e Lourival, uma vez que esta é a única maneira de cruzar aquela via de rolamento.

Voltar ao topo