Rixa entre gangues faz mais uma vítima no Pinheirinho

A guerra entre grupos rivais dos bairros Sítio Cercado e Pinheirinho fez mais uma vítima na manhã de ontem. A violência não explode mais somente à noite, Marcos Manoel Ribeiro, 22 anos, morreu ao meio-dia, quando seguia para casa almoçar. Ele foi assassinado com tiros na cabeça, na esquina das ruas João Lourenço de Paula e Nair da Silva Duarte, no Conjunto Pirineus, no Pinheirinho.

A morte foi comemorada no vizinho Sítio Cercado, com fogos de artifício. Junto a isso, diversos moradores que assistiam ao trabalho policial comentavam: ?Demorou para matarem esse aí?.

Segundo informações da amásia de Marcos à polícia, a vítima havia terminado de cortar a grama de uma casa, e ia almoçar. Marcos morreu com uma garrafa de cerveja na mão. Testemunhas disseram a policiais militares que um rapaz, que ninguém conseguiu identificar, se aproximou de Marcos, atirou e correu. Outra testemunha afirmou que viu um carro branco sair às pressas do local. Não foram encontradas cápsulas de munição no chão, o que leva a polícia a crer que Marcos foi morto com tiros de revólver calibre 38.

Carro

Cerca de 20 minutos antes do assassinato, policiais militares atenderam a uma ocorrência de um assalto a mão armada, quando um Celta branco foi levado por marginais. O roubo ocorreu na Rua José Dalnegro, em frente a uma lanchonete, no Xaxim. Os dois jovens, um aparentando 14 anos, e o outro entre 20 e 22 anos, se aproximaram da vítima, ambos armados, e disseram ao dono do Celta: ?Pode ficar tranqüilo, teu carro vai aparecer. Só vamos fazer uma ?fita? com ele e já vamos devolver?. Apesar das vagas informações, a possibilidade de ser o mesmo carro visto saindo do local do homicídio está sendo averiguada, devido à proximidade de horário e localização.

Policiais recolheram um rapaz, no meio dos populares que observavam o trabalho da perícia, que saberia informações sobre o assassinato. Ele também é suspeito de emprestar a arma utilizada para matar Dayana Cordeiro de Souza, 16 anos, filha do major Sérgio Cordeiro de Souza, subcomandante do 13.º Batalhão da PM, em junho do ano passado. A execução de Dayana acirrou uma ?guerra? que já existia entre grupos rivais do Sítio Cercado e do Pinheirinho.

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