Familiares de um atleta do Clube Curitibano denunciam que o rapaz pagou a conta de R$ 50 em uma casa noturna do Batel com uma surra dada por três seguranças. Maurício Gugelmin Camargo, 19 anos, ficou com hematomas no rosto, no peito e nos ombros, e, de acordo com laudo da clínica onde foi atendido, poderia ter morrido caso os ferimentos atingissem o fígado. A mesma informação consta no laudo do exame de corpo de delito do Instituto Médico Legal.
A confusão foi por volta das 3h de sábado da semana passada. “Ele estava dentro do bar e recebeu a ligação de um amigo, pedindo ajuda para socorrer outro colega que estava apanhando em uma praça. Ele precisava sair do bar com urgência”, conta o pai do rapaz, o empresário Gilson Camargo.
Maurício garante que tentou entregar a conta e os R$ 50 a um funcionário, informando da emergência, mas foi orientado a ir para o final da fila do caixa, que estava longa. “Ele pulou a grade de entrada e correu por quatro quadras. Três seguranças o alcançaram e lhe deram uma surra, utilizando também armas de choque. Mesmo depois que ele pagou, ainda foi agredido”, revolta-se o pai, que responsabiliza a empresa Impacto Segurança pela ação dos funcionários da casa noturna.
Providências
Gilson denunciou o caso na tarde de terça-feira para a Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu), e pretende pedir providências na Câmara e na Assembléia Legislativa. “Sabemos que ele errou ao sair do bar, mas um erro não justifica outro. Ele não poderia ter sido agredido daquele jeito. Eu nunca bati nos meus filhos”, afirma. Maurício foi campeão brasileiro de peteca há quatro anos e venceu há poucos dias o campeonato interno do Clube Curitibano.