Quatro homicídios nas primeiras horas do ano novo

Quatro pessoas foram mortas, da meia-noite ao fim da manhã de ontem, no Tatuquara, Sítio Cercado, Parque Tingüi e em Almirante Tamandaré.

A polícia investiga os crimes, e ainda não tem suspeitos.

Bebedeira para comemorar a virada de ano pode ter iniciado a briga que terminou com o primeiro assassinato registrado na região metropolitana em 2008.

O crime aconteceu na Vila Prado, em Almirante Tamandaré, e o jovem que entrou para a trágica estatística é o auxiliar de serviços gerais Cleber Batista Leal, 19 anos.

Ele foi morto a tiros na Rua José Real Prado, pouco depois das 2h de ontem. Um primo de Cleber, conhecido pelo apelido de ?Capeta?, também foi baleado e passou o primeiro dia do ano internado no hospital.

Pelo que a polícia conseguiu apurar no local do crime, os dois estavam acompanhados de um amigo, bebendo, quando alguém apareceu, se desentendeu com o trio e começou a atirar. Cleber morreu na hora e ?Capeta? foi socorrido por terceiros e encaminhado ao pronto-socorro. Apenas o amigo conseguiu escapar dos tiros, se embrenhando em um matagal.

Porre

Considerado a principal testemunha, o rapaz voltou à cena do crime e tentou conversar com os policiais militares que atenderam à ocorrência. Porém, devido ao seu estado de embriaguez, será ouvido no decorrer das investigações. Cleber teria passagem pela polícia, por receptação.

Assassinado a facadas depois dos fogos

Márcio Barros

Com quatro facadas nas costas e uma no peito, Edmo Rodrigues Souza, 19 anos, foi encontrado morto na Rua Francisco Alberto de Castro, Vila Osternack, Sítio Cercado. O crime aconteceu nas primeiras horas do ano, mas o corpo só foi encontrado pela manhã, por moradores que passavam pelo local e chamaram a polícia.
Segundo declaração da avó de Edmo ao investigador Pimentel, da Delegacia de Homicídios (DH), ele havia saído de casa depois da queima de fogos, passada meia-hora da meia-noite, com destino à casa de sua amásia, a algumas quadras de onde estava. ?Ela nos contou que ele era usuário de drogas e era ameaçado. Tanto por conta do envolvimento com o tráfico e também por gangues rivais?, explicou o policial.
Ao lado do corpo foi recolhida uma faca quebrada, provavelmente a utilizada para cometer o crime, e os tênis de Edmo.

Amarrado e jogado na valeta

Márcio Barros

Foto: Ciciro Back
Desconhecido teria sido desovado, no Santa Rita.

Um homem, sem documentos de identificação e desconhecido pelos moradores do bairro Santa Rita, foi encontrado morto na manhã de ontem, em uma valeta na Rua José Vidal Vanhoni, entre as Ruas Júlio Salsa Mendes e Enetti Dubart, no Tatuquara. O homem foi assassinado com um tiro na cabeça e estava amarrado com um cobertor e com os pés dentro de um saco de papelão.

Segundo os soldados Reis e Portela, do 13.º Batalhão de Polícia Militar, eles foram avisados pela central de polícia de que havia uma pessoa caída na valeta, por volta de 10h50. ?O homem que telefonou disse que não conhecia a vítima?, disse Reis.

Desova

Os investigadores Pimentel e Castro, da Delegacia de Homicídios (DH), estiveram no local e, como o rapaz não tinha documentos e não era conhecido pelos moradores, aguardam identificação para iniciar as investigações. ?Sabemos que ele foi desovado neste local. Possivelmente ele foi morto e jogado, amarrado, de algum carro, durante a madrugada?, explicou Pimentel.

O homem, de aproximadamente 30 anos, trajava jaqueta de nylon bordô e bermuda preta. Ele é moreno, com cerca de 1,75 metro.

Morto atrás do parque

Márcio Barros

Durante a madrugada de ontem, André Ricardo dos Santos, 23 anos, foi encontrado morto nos fundos do Parque Tingüi. O local, segundo a polícia, é usado para tráfico e consumo de drogas.

Segundo o investigador Pimentel, da Delegacia de Homicídios (DH), algumas testemunhas ouviram tiros por volta de 6h30, mas ninguém disse ter visto o crime. ?As pessoas têm medo de se envolver?, disse o investigador. Segundo ele, qualquer um que tenha informação que contribua para a investigação, pode ligar para a delegacia. ?Não precisa se identificar e pode ligar a cobrar?, disse o investigador. O telefone da Delegacia de Homicídios é 3262-2641.

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