Preso um dos maiores traficantes da Grande Curitiba

Um dos principais traficantes de droga que atuavam em Curitiba e região metropolitana foi preso, na manhã de ontem, com mais 15 pessoas, pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e pela Força Samurai, da Polícia Militar.

Marcelo Stocco, o “Marcelão”, 36 anos, foi encontrado em Balenário Camboriú (SC). A mãe, a mulher e o irmão do traficante também foram presos. Durante a ação, foram apreendidos 28 quilos de crack e cocaína, R$ 110 mil em dinheiro e sete armas (entre elas dois fuzis e uma submetralhadora), com mais de mil munições.

Em 2003, Marcelo foi detido pela Polícia Federal sob a acusação de traficar cocaína. Além de tráfico, a quadrilha estaria por trás de homicídios ocorridos nos últimos 12 meses, no Pilarzinho e em Almirante Tamandaré, motivados por disputa de ponto de venda e dívidas de droga.

Prisões

Durante a ação de ontem, foram cumpridos 22 mandados de prisão: dez foram cumpridos contra suspeitos já presos; os demais no Pilarzinho, Cajuru, Boqueirão e em Araucária e Balneário Camboriú, onde foram presos Stocco e sua mulher.

Com ele, a polícia apreendeu R$ 50 mil, que, segundo o Gaeco, seriam usados na negociação de um imóvel em Itapema.

Outras quatro pessoas foram presas em flagrante, entre elas um casal detido em Colombo que portava a cocaína.

A mãe de Stocco foi presa em Agudos do Sul com uma espingarda 22 semiautomática.

Com a quadrilha, também foram encontrados quatro coletes à prova de balas, dez carros, uma moto, e notas fiscais em nome de Stocco.

Investigação

De acordo com o promotor Vani Antônio Bueno, do Gaeco, a investigação começou há alguns meses.

“Descobrimos que Stocco tinha ligação com o crime organizado em vários pontos da capital e região metropolitana, como no Cajuru, em Pinhais e Araucária”, contou.

Stocco comandava a quadrilha nos moldes de uma empresa, estabelecendo metas de vendas para cada traficante.

“A arrecadação era investida por ele e seus familiares em imóveis. Para lavar o dinheiro, constituiu uma empresa em Araucária.”