Preso grupo acusado de incendiar imóveis em Quitandinha

Três pessoas, entre eles um menor, foram presas em flagrante na terça-feira (20) acusadas de incendiar uma casa e provocar ferimentos em seis pessoas, duas delas gravemente, em Quitandinha, região metropolitana de Curitiba. As vítimas estão internadas no Hospital Evangélico de Curitiba. Segundo a polícia, um dos presos é Gilmar Colasso dos Santos, de 30 anos, e estaria envolvido em pelo menos outros três incêndios na cidade, motivados por vingança.

O outro preso é Luís Fernando das Silveira Quepe, de 26 anos. O menor de 16 anos foi ouvido e liberado. O incêndio, provocado por uma bomba caseira molotov, aconteceu por volta das 21 horas de terça-feira, destruiu a casa de Eliel Zaleski e deixou seis feridos. Segundo o escrivão da Delegacia de Quitandinha, José Adilson, o dono da casa teria tido uma discussão com Gilmar, no fim do ano passado.

Na ocasião, um grupo de homens, comandados por Gilmar, discutiu com membros da Igreja Assembleia de Deus, durante distribuição de doações para pessoas carentes do município. Algumas horas depois da discussão, houve um incêndio no galpão da igreja. O grupo, que tem pelo menos outros três integrantes apontados pela população, pode ser responsável por outros três ataques na localidade.

Segundo Adilson, uma oficina mecânica ao lado da igreja foi atacada em plena luz do dia. O dono da oficina também teria problemas com Gilmar. Ele seria testemunha em um processo contra Gilmar. Outro ataque aconteceu contra o Colégio Estadual Eleutério Fernandes de Andrade. Uma bomba foi jogada em uma sala de aula durante a madrugada. Há indícios de que o diretor da escola também teria discutido com Gilmar, que já teria danificado o carro do diretor.

Medo

De acordo com o escrivão, seis mandados de busca e apreensão foram expedidos hoje pela Justiça. A polícia apreendeu nas casas vasculhadas um líquido inflamável sem rótulos, que pode ser álcool. Na residência de Gilmar, apontado como o cabeça da gangue, a polícia encontrou um emblema falso da Polícia Civil e seis certidões de nascimento em branco. Segundo o escrivão, nenhuma das vítimas registrou boletim de ocorrência. Uma possível explicação para falta de queixas é o medo que as pessoas têm da quadrilha.

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