O homem que matou Robison Drevek Cavalheiro, 37 anos, porque implicava com o namoro dele com a filha, foi preso na semana passada e apresentado ontem, pela delegacia de São José dos Pinhais. Três dias depois do crime, Orlando Pereira da Silva, 50, foi à delegacia com o advogado e entregou a pistola calibre 380, com a qual desferiu nove tiros no rapaz.
Orlando responderia ao processo em liberdade, mas, cerca de um mês depois, passou a ameaçar a família da vítima. Os parentes de Robison procuraram a polícia para denunciar as ameaças, segundo informou o superintendente Clóvis Pinheiro, da delegacia.
A polícia solicitou mandado de prisão que foi cumprido na terça-feira da semana passada. “Ele vinha ameaçando familiares da vítima, coagindo testemunhas. Mas estava enganado em pensar que ia ficar “de boa’ mesmo depois de matar uma pessoa e se entregar para a polícia”, comentou Clóvis.
Crime
Robison foi assassinado em 5 de agosto, no Barro Preto, depois de pegar a namorada no trabalho. Orlando seguiu o casal e, após discutir com futuro genro, acertou os nove tiros no futuro genro.
Segundo a polícia, Orlando matou Robison por não aceitar o namoro dele com a filha, de 23 anos. “Ele achava que Robison era muito velho para ela”, comentou Clóvis.
Além do mandado de prisão, a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão na residência de Orlando, onde foram encontradas 170 munições de calibre 22. Orlando, que não tinha antecedentes criminais, está preso na delegacia de São José dos Pinhais.
Descontrole
Ontem, ele afirmou que “perdeu a cabeça” e que é “uma pessoa de bem”. “Nunca ameacei ninguém. Isso é uma calúnia. Quero ser morto se isso for verdade”, afirmou.
Ele disse ainda que foi perdoado pela filha. “Quando ela vem aqui, sempre me abraça e diz que queria que eu estivesse em casa”, disse chorando.