Policiais civis acusados de roubo e má administração

Três casos complicaram a imagem da Polícia Civil, no dia em que a instituição comemorou 156 anos. Na Região Metropolitana de Curitiba, um delegado foi substituído e uma funcionária está detida. No interior, outro delegado e um escrivão são acusados de participar de roubos de carga.

Por conta da prisão de um falso policial na delegacia de Campo Largo, a Secretaria da Segurança Pública (Sesp) instaurou investigação preliminar para apurar a conduta do delegado Voltaire Garcia, que pode ter sido o responsável por permitir que Paulo Roberto da Silva Gonçalves, 45 anos, trabalhasse como policial. Voltaire foi substituído por Haroldo Luiz Vergueiro Davison, que estava lotado em Campo Mourão.

No dia 21, a Sesp informou a prisão de Paulo, que era cedido pela prefeitura para serviços administrativos e se passava por investigador. Ele foi flagrado com uma pistola 9 milímetros, além de munição e material restrito da polícia e responderá pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito e usurpação de função pública.

Trabalhador

Um colega de profissão de “Paulão”, desabafou: “ele fazia um serviço melhor que um policial. Se estivesse aqui, aposto que a maioria dos homicídios já teria sido resolvida”.

A investigação do delegado poderá gerar sindicância ou processo administrativo, a ser instaurado pelo Conselho da Polícia Civil, segundo informou a Sesp. O delegado Voltaire deixou o cargo na delegacia e aguarda determinação da Sesp para assumir ou não outra delegacia.