Polícia Florestal flagra caçador de animais silvestres

“Era só para alimentar minha família. Com o preço que está a carne…”, justificou o agricultor Deoclides Ferreira Melo, 59 anos. Na propriedade rural em que trabalhava como caseiro, na localidade de Córrego das Pedras, perto da represa do Vossoroca, Tijucas do Sul, ele foi preso com várias armas, farta munição e três animais abatidos.

Mesmo que para consumo próprio, a caça de animais silvestres é proibida pela Lei Ambiental 9.605/98. Deoclides, que mantinha no congelador dois quatis e um tatu inteiros, além de outras peças de carne ainda não identificada, alegou não saber da proibição.

Mandado

Após investigação de denúncias anônimas, o Serviço Reservado (P-2) da Polícia Florestal solicitou um mandado de busca e apreensão na propriedade, expedido pela Justiça. Além dos animais, foram encontradas três armadilhas para captura de tatu, uma pele de irara (espécie de lontra), seis espingardas e muita munição, inclusive de fuzil e espingarda calibre 12. “Só duas espingardas eram minhas. As outras são do meu patrão”, afirmou Deoclides.

Segundo o detido, o dono da propriedade ocupa cargo de diretoria em uma das unidades do sistema penitenciário do Paraná.

A Polícia Florestal não confirmou o nome do dono. “O indiciamento ou não do proprietário fica a cargo da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente”, falou o subtenente Luís Adalberto dos Santos, que comandou a prisão. Deoclides foi preso em flagrante por porte ilegal de arma, e responderá inquérito por crime ambiental.

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