Polícia estoura cassino após denúncia anônima

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Jogatina corria solta em
máquinas de bingo e pôquer.

Uma denúncia anônima à Tribuna levou policiais do 7.º Distrito a estourarem um cassino clandestino, que funcionava no prédio da antiga Fornazza Pizzaria, na Avenida Marechal Floriano, esquina com a Rua Diogo Mugiatti, no Boqueirão.

No local haviam 56 máquinas de videobingo e videopôquer, quase todas ocupadas. Nove funcionários foram detidos e conduzidos ao distrito, onde foi feito um Termo Circunstanciado. Mais de 30 jogadores foram ouvidos. No caixa, havia grande quantidade em dinheiro, cheques, vales e até três cheques em branco. De acordo com um das jogadoras, o cheque assinado era preenchido somente quando as apostas encerravam.

Denúncia

A reportagem da Tribuna foi alertada por um telefonema anônimo que no Boqueirão estaria funcionando um cassino clandestino. Foi feito contato com a delegacia, o que culiminou na ação policial.

O prédio da pizzaria estava fechado, mas o estacionamento ao lado estava funcionando. Diversos carros estavam parados e havia um guardador de carros, que mostrava onde o "cliente" deveria colocar o veículo. Assim que o "cliente" chegava, um rapaz saía da casa para atender e perguntava se a pessoa foi indicada por alguém. Após dizer o nome do freqüentador que havia recomendado a Casa de Jogos, o funcionário pedia para que o cliente aguardasse. Depois, entrava para falar com Abdala, o gerente, que autorizava ou não. Pouco depois, retornava e dizia que o cliente poderia ficar à vontade e escolher o que queria jogar, video-bingo ou videopocker. O prêmio para o videobingo, estava acumulado em quase R$ 40 mil. As máquinas de videobingo estavam lotadas, sendo a maioria, de mulheres idosas, que aparentavam se divertir com o jogo. Durante 15 minutos de observação, nenhuma delas ganhou o prêmio acumulado. Para concorrer, era necessário apostar quatro cartelas, sendo o valor mínimo de R$ 5,00 cada. Já nas máquinas de videopocker, a maioria dos jogadores era homem.

Os policiais invadiram o local e ordenaram que todos colocassem as mãos na parede. Os jogadores e funcionários foram identificados e revistados. Entre eles, o gerente, cozinheiras, caixas e atendentes. "Todos serão ouvidos e irão responder a um termo circunstanciado por jogo de azar. A pena aplicada dependerá do juiz, poderá ser prestação de serviço", informou o delegado Hamilton Cordeiro da Paz, titular do 7.º DP.

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