Pedreiro fuzilado no portão de casa

Antes da chuva da noite de terça-feira, o pedreiro Vanderson Luiz da Silva, 21 anos, passou na casa de seus pais e os convidou para jantar com ele e sua família. Combinaram que os pais iriam para a casa de Vanderson mais tarde. Porém, assassinos foram mais rápidos. Minutos após dar a bênção ao filho, Zenaide Correia, 49 anos, ouviu os tiros que mataram o rapaz, na entrada da casa dele, em frente a uma cancha de futebol e área de lazer, às margens do canal extravasor na Vila Autódromo, Cajuru, às 22h15 de terça-feira.

Os assassinos chamaram Vanderson pelo apelido, ?Maninho?. Ele deixou a mulher no sofá da sala junto com o filho de alguns meses e foi atender ao chamado. Mal saiu em direção ao portão, foi atingido por tiros de pistola na cabeça. Seriam dois os assassinos, que fugiram sem ser identificados.

O assassinato surpreendeu os pais de Vanderson. ?Meu filho não usava drogas nem se metia em confusão de bar.

Por que fizeram isso com ele??, dizia Zenaide ao lado do corpo. Vanderson tinha se mudado a menos de um ano para aquele endereço e concluía o sobrado comprado por seu pai, aos poucos. ?Ele era trabalhador, tudo que conseguiu foi com suor?, completou Jair Rodrigues da Silva, 54, sem se conformar com o que acontecera ao filho.

Os soldados Reinaldo, Hugo e Monteiro, do Regimento de Polícia Montada, atenderam a ocorrência, mas não conseguiram pistas que pudessem identificar os matadores. O caso está sob investigação da Delegacia de Homicídios. ?Quero justiça, quantas mães ainda vão chorar por causa de assassinos??, perguntava Zenaide.

Mais violência no Cajuru

Dois homens baleados foram internados na manhã de ontem no Hospital Cajuru. Identificados como Isaías Nogueira, 29 anos, e Geanderson Alves de Lima, 27, ambos foram socorridos pelo Siate em endereços diferentes, na Vila Autódromo, Cajuru. O estado de saúde de Isaías é grave. Eles teriam sido alvejados, provavelmente, durante um acerto de contas.

Conforme levantamento da PM, no cruzamento da Avenida da Integração com Rua Sebastião Marcos Luiz, a motocicleta CG-125, placa ALG-8914, foi tocada por um Gol branco, quatro portas, ocupado por dois homens. Com o choque, Geanderson e o garupa Isaías caíram. Os ocupantes do carro desceram e deram um tiro na perna de Geanderson, que mesmo ferido, saiu correndo e escondeu-se em uma casa. Isaías foi jogado dentro do porta-malas do carro e levado do local. Algumas quadras adiante, o ?seqüestrado? foi retirado do Gol, jogado no chão e espancado. Recebeu diversos golpes de pedras, principalmente na cabeça, e por fim um tiro nas costas. Os agressores fugiram.

O Siate foi acionado e prestou atendimento às duas situações. Policiais do Regimento da Polícia Montada (RPMont) – viatura 6104, Projeto Povo – realizaram patrulhamento pela região atrás dos agressores. O tenente Bélico explica que esteve no hospital tentando conversar com os dois rapazes, para saber quem teria cometido a agressão. Geanderson contou que não sabia quem eram os homens. Já Isaías, por seu delicado estado de saúde, não conversou com os policiais. Até o final da tarde, ninguém havia sido detido.

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