Operação Cinturão leva três à cadeia

Com o objetivo de diminuir a criminalidade nas cidades que rodeiam Curitiba, a Divisão Metropolitana criou a “Operação Cinturão”, que visa promover blitze principalmente em cidades onde o índice de criminalidade é elevado. O delegado Agenor Salgado Filho, chefe da divisão, constatou que a violência assola principalmente os municípios de Araucária, Fazenda Rio Grande, São José dos Pinhais, Piraquara, Pinhais, Colombo, Almirante Tamandaré, Campo Magro e Campo Largo. “Estas são as áreas mais problemáticas, no restante dos municípios a violência não é tão acentuada”, diz ele.

O delegado lembrou que há alguns anos as cidades que integravam a Região Metropolitana de Curitiba compunham o chamado “cinturão verde”, já que nesses municípios predominavam chácaras, sendo a maioria produtora de hortigranjeiros, que abasteciam a capital. “Com a explosão populacional em Curitiba, várias famílias se estabeleceram na região metropolitana, em busca de um imóvel mais barato. A grande maioria era de baixa renda e carecia de instrumentos de saúde, lazer, educação e segurança”, enfatizou.

Invasões

Também nesse período, muitas áreas foram invadidas, formando grandes favelas. “Cidades pobres, que hoje se tornaram verdadeiros cinturões de miséria e a violência explodiu. Eles precisam ser atendidos urgente para afastar os marginais dessas áreas. É ai que a polícia entra”, explicou Salgado.

Ele salientou que hoje a população de bem que vive nesses locais está fragilizada perante os marginais. “Os bandidos criaram redutos de poder e domínio. O nosso objetivo é colocar esses malandros atrás das grades e favorecer as pessoas de bem”, argumentou Salgado.

A “Operação Cinturão” é realizada por policiais da Região Metropolitana, que contam com o apoio do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Divisão de Narcóticos (Dinarc) e de policiais militares. “É um policiamento preventivo nas áreas mais críticas. Além disso abrange bares, praças e locais públicos. É um arrastão para desarmar a população, identificar foragidos e marginais. Além de combate o tráfico. Tudo isso em uma única operação”, frisou o delegado.

Em Pinhais ocorreram três prisões

Três pessoas presas por furto de sinal telefônico e uma por uso de drogas. Este foi o resultado da “Operação Cinturão” realizada em Pinhais, no último fim de semana. O delegado Arthur Zanon, titular da delegacia do município, salientou que os bairros visitados foram os mais críticos da cidade. Participaram da operação 21 policiais civis e 16 militares, além de dois conselheiros do Conselho Tutelar e fiscais da Prefeitura. “Foi uma megaoperação”, assegurou Zanon.

Foram vistoriados 32 estabelecimentos comerciais; 190 pessoas foram revistadas; 18 veículos e dez motocicletas foram checados e 23 adolescentes inspecionados, durante os trabalhos. “Doze bares foram fechados”, relatou Zanon, contando ainda que os três rapazes presos estavam fazendo ligações clandestinas de orelhões, o que é crime.

Araucária

Na semana anterior a “Operação Cinturão” foi realizada em Araucária, da qual participaram 12 policiais civis e 16 militares. Coletivos foram vistoriados, bem como 54 veículos e oito motocicletas, além de 18 estabelecimentos comerciais e 78 pessoas revistadas. “Em Araucária também apreendemos quatro máquinas caça-níqueis e duas pessoas foram presas portando arma de fogo”, contou o delegado Jairo Estorílio, titular da delegacia local. Com a operação foi possível recuperar o Santana placa ADI-2082, furtado em Campo Largo.

Cinturão

O delegado Agenor Salgado, chefe da Divisão Metropolitana, que coordena a operação, informou que outros municípios problemáticos serão alvo do mesmo trabalho preventivo em breve. “Não vamos avisar quais. A nossa meta é retirar os marginais das ruas e colocar atrás das grades, para dar tranqüilidade à população”, frisou Salgado.

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