Novo mistério envolvendo morte de taxista

Aumenta o mistério em torno do assassinato de um taxista e seu passageiro, na madrugada de domingo, no centro de Curitiba. Uma terceira morte, a da jovem identificada como Sabrina Aparecida Gonçalves de Carvalho, 22 anos, executada a tiros no bairro Cachoeira (zona rural de São José dos Pinhais), pode ter ligações com o duplo homicídio.

Já no domingo, boatos davam conta de que a mulher teria saído em companhia de Zalmen da Silva, 24, que estava sendo transportado pelo motorista Roberto da Luz Monteiro, 38.

Ontem, porém, informações apuradas pela Delegacia de Homicídios confirmaram que Sabrina e Zalmen se conheciam e realmente saíram juntos no sábado à noite. Também não está descartada a hipótese de que ambos conheciam Roberto.

Zalmen usava identidade falsa em nome de Jessé Cordeiro Roque porque era foragido da Justiça. Tinha extensa ficha criminal, com passagens por roubo, homicídio, tráfico de drogas e formação de quadrilha.

Conforme foi apurado, por volta das 21h de sábado ele saiu com Sabrina, que estava em liberdade condicional e respondia por tráfico de drogas. “De acordo com familiares, a jovem morava no Sítio Cercado e costumava sair todas as noites”, disse o chefe de investigação, Roberto de Miranda, da delegacia de São José dos Pinhais.

Embora eles tenham saído juntos, a polícia ainda não sabe quando eles se separaram. “Precisamos apurar onde eles foram vistos pela última vez, até para poder confirmar se foram as mesmas pessoas que praticaram os crimes no centro de Curitiba e em São José dos Pinhais”, acrescentou Miranda.

Motivo

Embora ainda não esteja confirmada a ligação entre os assassinatos, a polícia suspeita que as mortes estariam relacionadas ao tráfico de drogas. Resta saber se o taxista também tinha envolvimento ou se foi morto para não identificar os criminosos. Surgiram comentários que ele conhecia Zalmen e Sabrina, porém a informação não foi confirmada pela polícia.

Até o final da tarde de ontem, ninguém havia sido preso. A polícia recebeu uma denúncia dando conta que outro táxi, da marca Renault, teria dado cobertura ao crime.

Ciciro Back
Sabrina foi executada no mato. Tinha saído com o passageiro do táxi.