Daniel da Cruz, 29 anos, foi encontrado morto no porta-malas de seu carro na zona rural de Araucária, no final da tarde de segunda-feira. Ele era músico e motorista e morava no Jardim Califórnia, naquele município.
O rapaz foi baleado e teve o pescoço cortado, antes de ser abandonado dentro de seu Monza placa ADJ-8716, às margens da PR-423, próximo à entrada da Colônia Cristina, na localidade de Lagoa Suja.
A suspeita é que Daniel tenha sido morto no final da noite de domingo. Até o momento, a polícia trabalha com duas hipóteses para o homicídio: crime passional ou vingança.
Eram 17h24 quando a polícia recebeu a informação que havia um carro abandonado na rodovia, sentido Araucária-Campo Largo. No porta-malas do veículo, estava o cadáver enrolado em um lençol azul. Os investigadores verificaram que se tratava de Daniel e que ele foi baleado no peito, na cabeça e na barriga e teve o pescoço cortado.
Bar
O delegado Rubens Recalcatti, responsável pelas investigações, ouviu parentes e amigos de Daniel, além de pessoas que teriam visto o rapaz na noite de domingo. ?Ele estava morando com uma mulher há cerca de quatro meses. As informações são de que ele seria namorador, festeiro e gostava de bailões?, contou o delegado.
Daniel e a mulher teriam discutido na manhã de domingo. Depois disso, ele foi para a casa dos pais, no Caximba, em Curitiba.
Daniel voltou para Araucária, às 17h, e se encontrou com um amigo em um bar. Horas depois, deixou o amigo em casa e foi para outro boteco, onde foi visto pela última vez. A polícia apurou que, enquanto estava no bar, Daniel ligou para sua mulher, porém ela afirmou que o aparelho estava no modo silencioso e não atendeu à chamada. ?Ele chegou lá por volta das 22h e saiu às 23h. Assim que deixou o estabelecimento, cinco pessoas saíram do bar, possivelmente os autores do crime?, explicou Recalcatti. Eram três homens e duas mulheres.
Hipóteses
Depois disso, Daniel não foi mais visto e seu corpo só foi encontrado 18 horas depois. ?Ele tocava música em bares e freqüentava ambientes noturnos. É possível que tenha se envolvido com a mulher de alguém ou algo semelhante?, supôs Recalcatti. Daniel já contava com duas passagens pela polícia, uma delas por homicídio,ocorrido há cerca de cinco anos. ?No momento temos duas linhas de investigação. Pode ser vingança ou crime passional?, afirmou o delegado.