O inquérito que apura o assassinato de José Arivilton Ferreira, 39 anos, morto com um tiro na cabeça disparado pela própria mulher, Rosana Alencar da Silva, 31, grávida de cinco meses, foi concluído hoje (19) pela polícia e entregue ao Ministério Público do Paraná.
O crime aconteceu no dia 9 e Rosana se entregou à polícia logo em seguida. Ela foi levada para o Complexo Médico Penal, em Pinhais, mesma cidade onde o crime aconteceu, mas foi solta por decisão do juiz, para responder o processo em liberdade, dois dias depois do homicídio.
De acordo com o delegado Fábio Amaro, que chefiou as investigações, mesmo confessando ter matado o esposo, Rosana foi solta porque não ofereceria perigo à sociedade. ‘Além de não ter antecedentes, ela está grávida e isso pode ter influenciado a decisão do juiz em colocá-la em liberdade‘, afirmou.
José foi dentro da residência do casal na Rua Santo Inácio, bairro Emiliano Perneta. Ele teria assumido para mulher que estava envolvido amorosamente com uma ex-funcionária da empresa de embalagens, que também pertencia à Rosana.
Segundo o depoimento dela à polícia, José pegou a arma que estava escondida embaixo do colchão e a entregou. ‘Ela não sabia nem como manusear a arma. Disse-me que estava em um momento difícil e acabou disparando sem querer. Vamos provar que este tiro foi totalmente acidental‘, declarou a advogada Claudia Marcussi, que defende Rosana.
Ela afirmou que está certa da absolvição de sua cliente. ‘O inquérito está nas mãos da promotoria, que pode oferecer denúncia ou arquivá-lo. Mesmo que Rosana seja denunciada, acredito na absolvição dela‘, disse com exclusividade à Tribuna.
A advogada comentou sobre a decisão do juiz de liberar Rosana dois dias depois do crime. ‘Ela está tendo uma gravidez de risco. Já perdeu um feto no ano passado. Além dos motivos de saúde, Rosana tem residência fixa e não oferece perigo público nem vai fugir‘, salientou Claudia. O casal estava junto há 14 anos e na polícia não havia qualquer registro de violência entre eles.