Mulher que roubou crianças sai da prisão para pescar em Goiás

A ex-empresária Vilma Martins deverá ser punida com "bloqueio" de até 30 dias pelo Conselho Disciplinar da Casa do Albergado, em Goiânia, após deixar a prisão sem autorização para pescar e se divertir num parque da cidade. "Com certeza, ela será punida", afirmou a direção do presídio, onde a ex-empresária cumpre pena de 15 anos e nove meses por roubar, em 1986, Pedro Rosalino Braule Pinto, o Pedrinho, de uma maternidade em Brasília e registrá-lo como Osvaldo Martins Borges Jr. na condição de filho natural.

A escapada de Vilma ocorreu durante o feriado da Semana Santa, mas só foi revelada oficialmente nesta segunda-feira (31). Ela deixou a Casa do Albergado pela porta da frente, sob alegação de que deveria trabalhar. Porém, durante a pescaria e enquanto se divertia numa roda de amigos, foi filmada e denunciada.

"Para ser sincero, nem eu tinha conhecimento desse fato", afirmou surpreso Aroldo Caetano, promotor público da área criminal do Ministério Publico Estadual (MPE). "Ela só poderia sair do semi-aberto para trabalhar, nunca para se distrair ou pescar", garantiu.

O "bloqueio", explicou Marcos Vinicios, supervisor de segurança do presídio, impedirá Vilma de sair da Casa do Albergado pelo período determinado pelo Conselho – de um a 30 dias. Outra punição: será impedida de sair para trabalhar.

Além de Pedrinho, a ex-empresária também roubou Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva de uma maternidade em Goiânia, em 1979, e a registrou como filha natural sob o nome de Roberta Jamilly. Também falsificou assinaturas de Pedrinho e de Roberta, em procurações públicas, para receber seguros deixados pelo marido, Oswaldo Borges Martins, morto após ataque cardíaco e sem saber que os filhos que tinha não eram seus.

Esta também não é a primeira vez que Vilma consegue burlar a segurança. No ano passado, ela foi vista passeando num shopping, no final de semana. E o dono do parque garantiu que ela já esteve no local outras vezes.

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