Motoboy fuzilado no segundo atentado

Não fazia muitas semanas que o motoboy Cleverson Jihei Anrako, o “Japa Preto”, 27 anos, tinha sido baleado. Na noite de terça-feira, ainda com curativo do ferimento no braço, ele foi assassinado a tiros no Jardim Santa Helena, Cidade Industrial. A melhor pista que a polícia tem até agora é que os dois assassinos fugiram num carro prata, um Scénic ou algum modelo da Peugeot.

O crime foi cometido na Rua Diamante do Norte, na pracinha de skate do Conjunto Itatiaia, por volta das 22h, onde jovens costumam se reunir durante a tarde e a noite.

O soldado Marcos Cardoso, do 13.º Batalhão da Polícia Militar, contou que chegava à praça para fazer abordagens e patrulhamento de rotina, quando notou várias pessoas correndo.

Flagra

Logo, percebeu que aquela correria era por conta do homicídio, que acabara de acontecer. Cleverson foi atingido por vários tiros de pistola calibre 380 na cabeça e no peito e caiu ao lado de uma das rampas de skate. Ele já estava morto quando os policiais se aproximaram.

A ex-companheira de Cleverson, que está grávida do segundo filho do motoboy, contou que, até duas semanas atrás, o rapaz vivia com ela no bairro. Depois disso, ele foi morar na Ferraria, em Campo Largo.

Ela ainda contou aos investigadores da Delegacia de Homicídios que Cleverson era usuário de drogas, mas não sabia se ele também vendia entorpecentes. A mulher afirmou que desconhece motivos para o assassinato.

Conselhos

Familiares da vítima, que estiveram no local, confirmaram o envolvimento do rapaz com drogas. Um tio disse que a família deu diversos conselhos a Cleverson. Segundo o superintendente Odimar Klein, da Delegacia de Homicídios, ele seria ex-presidiário e suas passagens estavam sendo levantadas.