Violência

Mortes no Umbará abrem estatísticas de crimes

O Umbará passou por uma onda de violência, nos últimos três dias. Desde domingo, são três homicídios no bairro que começaram a estatística do ano. Dois deles podem estar relacionados a outro assassinato, ocorrido em dezembro, nas redondezas. O elo entre os três pode ser uma empresa de segurança que presta serviços na região. Em 2012, o bairro registrou 16 homicídios.

O delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Homicídios (DH), acredita na relação entre os três crimes, pela proximidade, perto da Rua Deputado Pinheiro Júnior, porque as três vítimas, a princípio, se conheciam e teriam relacionamento com uma empresa de vigilância de rua. O nome dessa empresa estava escrito num pedaço de papel, encontrado no bolso de um homem carbonizado no sábado. Os assassinos colocaram a vítima dentro de dois pneus e atearam fogo, num terreno baldio da Rua Ângelo Gai, na Vila Paraguai. A identificação oficial do corpo só será possível por exames de DNA e comparação de arcada dentária. Este foi o primeiro crime do ano no bairro.

Outros

Depois deste homicídio, mais outros dois aconteceram. Mas para não atrapalhar as investigações, Recalcatti preferiu não divulgar quais deles estão interligados. Um crime foi o do carregador Pedro Henrique Martins dos Santos, 17 anos, que, até ontem, estava sem identificação no Instituto Médico-Legal e foi reconhecido por familiares. Ele foi encontrado morto a tiros, dentro de um córrego próximo à Rua Deputado Pinheiro Junior.

O último homicídio foi num matagal da Rua Domingos Baldan, onde o corpo de um jovem, aparentando 16 anos, foi encontrado por volta das 19h de segunda-feira, baleado por cerca de 11 tiros nas costas, peito, braços, nuca e dedos. Ele estava caído num local cheio de peças de carros abandonadas, onde a polícia acredita que marginais desovem peças de veículos roubados que não lhes interessam.

Esta vítima não tinha documentos de identificação. Era um rapaz alto e magro, que usava calça jeans preta, camiseta preta bem surrada, um cinto colorido com cores “rastafari”, boné preto e chinelos listrados. No braço esquerdo ele tinha uma tatuagem escrita “Paulo Vida Loka”. A perícia constatou que já fazia cerca de 24 horas que a vítima estava morta.