Morte em cassino no São Lourenço

O funcionário do Tribunal de Contas Marcos Moraes de Freitas, 56 anos, foi assassinado com um tiro na nuca, durante assalto contra um cassino clandestino, que funcionava em uma mansão, na Rua Gregório de Matos, no São Lourenço, por volta das 18h de ontem.

A polícia foi acionada quase duas horas depois, para dar tempo de retirar as máquinas caça-níqueis da residência.

O delegado Luiz Carlos de Oliveira, titular da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), apurou que os bandidos entraram na casa no final da tarde, aproveitando a chegada de um jogador. Assim que o portão foi aberto, os cinco homens renderam o recém-chegado. Em seguida, dominaram os donos da casa, funcionários e os outros apostadores.

?Limpa?

Durante o assalto, Marcos colocou as mãos na cabeça e entrou em um dos cômodos, com um dos marginais apontando a arma para sua nuca. Enquanto isso, os outros recolhiam o dinheiro e celulares das vítimas. De repente, foi ouvido um único disparo e o bandido avisou seus comparsas: ?Fiz besteira?. Em seguida, eles fugiram no Scénic de uma das vítimas.

Na tentativa de esconder da polícia que ali funcionava um cassino, em vez de chamar a polícia, os funcionários retiraram todas as máquinas e equipamentos de jogos do local. Os apostadores desapareceram. Somente quando não tinha mais ninguém na mansão, a polícia e o Siate foram chamados. Só que Marcos já estava sem vida, talvez pela demora do socorro.

Desconfiança

A polícia desconfiou que algo estava estranho, porque somente o dono do Scénic levado pelos marginais estava na casa, e ninguém explicava o que estava acontecendo antes do roubo.

Algumas horas depois, policiais da DFR descobriram que a mansão era um cassino clandestino. ?Acreditamos que os assaltantes foram praticar o roubo a mando de concorrentes. É comum quando abrem uma nova casa de jogos, os apostadores se dividirem?, comentou Luís Carlos.

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