Mistério na morte de ex-presidiário

Com três tiros, o ex-presidiário Lúcio Mauro de Oliveira, 32 anos, foi encontrado morto às 13h de ontem, em uma valeta, no final da Rua Colonial, no loteamento Parque das Araucárias, bairro Guarituba, em Piraquara. Acusado de ser autor do crime, Mauro José dos Santos, 43 , foi preso em flagrante pelos investigadores Sccol e Barreto, da delegacia local.

Mauro, que estava completamente embriagado, negou qualquer envolvimento com a morte, mas foi denunciado pelo próprio cão, que desenterrou oito cápsulas de revólver 38, que estavam próximas à porta de sua casa, sendo quatro projéteis intactos e os outros deflagrados.

Tiros

Moradores informaram à polícia que Mauro, que é caseiro de uma chácara, passou pelas ruas do bairro de bicicleta acompanhado de dois rapazes, carregando litros de pinga, por volta das 21h30 de quarta-feira. Meia hora depois, populares ouviram quatro tiros, mas ninguém teve coragem de sair para ver o que estava acontecendo, já que o loteamento é novo e a iluminação precária.

No início da tarde de ontem, um pescador passava pela rua e viu o corpo de Lúcio dentro da valeta. O rapaz foi atingido na testa,boca e costas.

Os soldados Da Silva e Deomar, do 17.º Batalhão, foram para o local e reconheceram o ex-presidiário. “O Lúcio Mauro cumpria pena na Colônia Penal Agrícola por roubo e estava em liberdade condicional. Há 15 dias nós o prendemos por direção perigosa. Estava bêbado dirigindo um veículo. Encaminhamos para a delegacia, mas segundo parentes, ele ficou recolhido só dois dias”, afirmou o soldado Da Silva.

Prisão

O investigador Sccol, de Piraquara, informou que quando chegou ao local do crime viu Mauro José bebendo em um bar nas proximidades. “Quando ele nos viu, correu e entrou no matagal. Fomos atrás e o detivemos. Na residência onde ele trabalha como caseiro encontramos as cápsulas e a calça dele está suja de sangue”, relatou. Ele acredita que Mauro José matou Lúcio Mauro dentro da moradia. “O chão foi lavado, mas ainda há manchas de sangue. Depois deve ter arrastado o corpo até a valeta”, salientou o policial. Ele disse que como o acusado estava muito embriagado, irá aguardar sua recuperação, para ele possa apontar o local em que a arma está escondida e revelar se outras pessoas participaram do crime. José Mauro garantiu que não tem nenhum envolvimento com a morte. “Eu corri da polícia? Sei lá. Sou pai de família, não sei porque me prenderam”, disse o acusado. Quanto as cápsulas achadas na casa e o sangue que manchou sua calça e o chão da residência, ele justificou: “Eu trabalho com porcos”.

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