Mistério envolve morte de latoeiro

De camisa da seleção brasileira, bermuda, chinelo de dedo e sem dinheiro ou documentos, o latoeiro Vivaldino Antônio Costa, 32 anos, saiu quinta-feira à noite de sua casa, na Vila Artênia, bairro Afonso Pena, em São José dos Pinhais. Ele disse à esposa que iria a Paranaguá comprar um carro, mas não voltou com vida: com quatro tiros, seu corpo foi encontrado no final da madrugada de ontem, à beira da BR-277. Quem o matou é mistério para a polícia.

Vivaldino era dono de uma oficina de lataria no mesmo bairro onde morava. O irmão dele, Rivelino Costa, 36 anos, contou que Vivaldino recebeu um telefonema às 18h de quinta-feira, que o deixou um tanto nervoso. Logo em seguida disse à mulher que iria com dois amigos a Paranaguá, onde comprariam um Gol. Às 19h, um homem chamado “Vande” e outro desconhecido passaram na casa e levaram de carro o latoeiro, que saiu somente com a roupa do corpo. Nunca mais a esposa o veria com vida.

Dois tiros

Às 5h20 de ontem, um sitiante encontrou o corpo de Vivaldino à beira do quilômetro 52 da BR-277, no início da Serra do Mar. A vítima fora baleada duas vezes nas costas, uma na nuca e outra no ouvido. O homem que encontrou o corpo disse ter escutado seis tiros perto das 20h de quinta-feira e visto um carro pequeno parado ao lado da estrada.

A família não imagina o motivo do assassinato. Vivaldino não tinha passagem pela polícia nem inimigos, segundo os parentes. “Até de briga ele era ruim”, contou o irmão. A delegacia de São José dos Pinhais tenta agora descobrir a identidade dos homens que levaram de carro o latoeiro.

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