Mecânica fornecia carros para assaltos

Uma oficina mecânica na Rua Raposo Tavares, Pilarzinho, "emprestou" o carro de um cliente para que fosse cometido um assalto em São José dos Pinhais, na tarde de quarta-feira. Os bandidos roubaram três máquinas caça-níqueis, que foram recuperadas no início da noite, por policiais militares do Grupo Tático Reservado – GTR -do 12.º Batalhão. Foram detidos o dono da oficina, Cláudio César Mucharski, 28 anos; o mecânico Cristiano Mendes, 24, e Luiz Henrique Shultz, 28, acusado de ter participado do assalto.

Cláudio relatou que trabalha com pintura de automóveis e apenas aluga dois boxes para que Cristiano realize os serviços de mecânica. "Não vi quando o carro foi entregue, pois estava na estufa", disse. O mecânico alegou que o veículo, uma Parati, foi deixado em sua oficina entre 17h e 18h, depois do assalto, portanto. Já Luiz afirmou que apenas levou duas das máquinas para uma chácara em São José dos Pinhais e devolveu o carro na oficina. "Não sei quem buscou a Parati, me entregaram e eu levei as máquinas", justificou.

Acusados

As versões de Cristiano e Luiz não convenceram os policiais militares. Segundo o tenente que participou da prisão deles, os dois têm culpa no caso. "Luiz foi reconhecido pelas vítimas do assalto e acreditamos que o mesmo tenha ocorrido com outros carros deixados naquela oficina", relatou o policial, que não pode ser identificado por trabalhar no serviço reservado.

Outros dois suspeitos do assalto, identificados como Marcelo e Richard, estão sendo procurados pela polícia. Foi na chácara de parentes de Marcelo que as duas máquinas pequenas foram encontradas e na residência da namorada dele, no Sabará, CIC, a máquina maior. Luiz foi detido quando chegava a sua casa, no Bracatinga, e não estava armado.

Segundo a Polícia Militar, os detidos e também o dono do estabelecimento assaltado foram encaminhados ao Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão – Ciac – anexo ao 3.º Distrito Policial (Mercês), onde seria apurada a responsabilidade de cada um no caso, inclusive o da vítima do assalto, que mantinha as máquinas contra a lei. Porém, não foi confirmado o recebimento do caso pelo Ciac e, nas outras delegacias consultadas pela reportagem, também não foi obtida informação sobre o paradeiro deles.

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