Matadores de empresário ainda não foram presos

Já se passou um ano e a polícia ainda não conseguiu identificar os assassinos do empresário José Niczay Sobrinho. “Nick”, como era conhecido, tinha o restaurante Nick Costela no Rolete, na frente de onde foi morto por ladrões. Na época, a polícia divulgou imagens dos bandidos, mas não conseguiu a identificação deles.

Tão logo estacionou seu carro em frente ao restaurante, na esquina das ruas Bruno Filgueira e Frederico Cantarelli, Bigorrilho, o empresário foi abordado por dois homens numa moto vermelha, que já estavam na esquina há algum tempo, provavelmente aguardando sua chegada.

O garupa desceu armado e, depois de pegar os R$ 3.500,00 que Nick havia acabado de tirar no banco, matou a vítima com um tiro no peito. O crime foi testemunhado por uma funcionária, que lavava a calçada.

A polícia acredita que os bandidos tenham seguido o empresário desde o banco. As câmeras de segurança flagraram dois suspeitos, que acompanharam Nick no interior da agência. Esta é a única pista dos criminosos.

Imagens

A Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) assumiu as investigações. Conseguiu as imagens das câmeras de segurança do banco e divulgou as cenas dos dois marginais, seguindo o empresário.

“Fomos até São Paulo, tentar divulgá-las em nível nacional”, explicou o delegado Luiz Carlos de Oliveira, que estava à frente das investigações na época. Mas a empreitada não obteve sucesso e até hoje não se sabe quem são os marginais nas filmagens.

Luiz Carlos acredita que sejam bandidos de fora do Paraná, por isso a dificuldade em identificá-los. “O rapaz de blusa listrada tem uma das pernas bem torta”, descreveu o delegado. Quem tiver informações sobre os marginais pode informar à DFR: (41) 3218-6100.

Divulgação
DFR acredita que marginais sejam de outro estado.

Clientes e família reabrem costelão

A designer Vanessa Niczay, nora do empresário, conta que não foi fácil para a família tomar a decisão de reabrir o restaurante. “Não achamos justo os bandidos saírem ganhando de novo”, disse a nora.

Segundo contou, foram os clientes que ajudaram a manter o comércio aberto. “Meu sogro era muito querido, não sabíamos o quanto. Recebemos muitas manifestações de apoio. Todos elogiam o trabalho dele”, contou.

A designer informou que, há três semanas, recebeu um telefonema da DFR, para que sua sogra e seu esposo comparecessem à delegacia. “Até ficamos cheios de esperança, achando que era alguma boa novidade. Mas o delegado apenas queria saber se lembrávamos de mais algum fato não citado na época, que pudesse ajudar nas investigações”, contou Vanessa.

Homenagem

A família não quer que o caso seja esquecido. “Esses bandidos devem estar fazendo mais vítimas por aí”, lamentou a nora. A família ainda pensou em manter a costelaria fechada amanhã, data de aniversário do caso. Mas decidiram o contrário; mantê-la aberta, com homenagens a Nick.