Madrasta que matou menina a facadas vai a júri

Quase dois anos depois de ser presa sob a acusação de ter assassinado sua enteada de 7 anos, com 96 golpes de faca, a doméstica Andréia de Freitas, 28 anos, sentará no banco dos réus do Tribuna do Júri de Curitiba, nesta terça-feira. Andréia, que confessou ter esfaqueado a garotinha Gabriela Moreira dos Santos, movida por ciúmes, irá ser defendida por alunos do curso de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), coordenados pelo advogado e professor Luiz Antônio Martins Barbosa Júnior. Na acusação, atuará o promotor Marcelo Balzer Correia. O julgamento será presidido pelo juiz da 1.ª Vara do Tribunal do Júri, Fernando Ferreira de Moraes.

Crime

No dia do crime – 22 de agosto de 2005 -, Andréia estava grávida de 8 meses.

A criança derrubou uma lata de óleo queimado no chão, sujando a varanda da casa, na Rua Simão Bolívar, Hugo Lange. O fato se transformou no estopim da fúria da madrasta, que pegou a garotinha e a jogou contra o piso, para repreendê-la. Em seguida, bateu a cabeça de Gabriela contra o chão, o que fez com que ela desmaiasse.

Tomada pela raiva, Andréia a puxou, pelos pés, para um pequeno cômodo da residência. Lá esfaqueou a menina. Foram 96 perfurações pelo corpo e a faca deixada cravada no peito. Conforme as investigações, na época, Andréia ainda tentou queimar o corpo, mas não conseguiu. Depois da barbárie, a madrasta trocou de roupa e saiu para o trabalho normalmente, retornando mais cedo para sua moradia, por volta das 17h50. Só então simulou encontrar o corpo.

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